Foi confirmado pelo Ministério da Saúde, por meio de testes laboratoriais, que a morte do bebê por meningoencefalite, no mês de setembro, no Ceará, foi causada pela infecção da ameba rara Naegleria fowleri.

Moradora da Região Metropolitana de Fortaleza, a vítima de 1 ano e 3 meses apresentou febre, irritação e vômitos, que evoluíram rapidamente para sintomas neurológicos. A causa da morte foi confirmada por exames de necrópsia.
A Secretaria Estadual de Saúde do Ceará concluiu que a criança foi infectada pela ameba Naegleria fowleri através da água do açude que abastecia o assentamento onde a família vivia.
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Conforme o secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antônio Lima Neto, a água passava por um tratamento inadequado, e testes na cisterna confirmaram a presença do parasita. Mesmo não sendo encontrados outros casos semelhantes na área, foi recomendada a desinfecção do reservatório.
Com o primeiro caso confirmado no Brasil, a Naegleria fowleri, conhecida como “ameba comedora de cérebro”, entra pelo nariz, migra para o cérebro e causa danos graves. A mortalidade da infecção é de quase 98%, com cerca de 160 casos registrados nos EUA, desde a década de 1960.
A ameba vive em águas quentes de rios e lagos e é transmitida por via nasal, especialmente durante mergulhos em locais contaminados. O diagnóstico é difícil devido à semelhança dos sintomas com meningite bacteriana e não há tratamento específico.
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