A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, na última segunda-feira (25), a manipulação da substância semaglutida, utilizada em canetas de emagrecimento como Ozempic e Wegovy, além do medicamento via oral Rybelsus.

O despacho, publicado no Diário Oficial da União, estabelece os critérios para importação e manipulação de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) agonistas do hormônio GLP-1, usados em tratamentos contra diabetes tipo 2 e obesidade.
Segundo a Anvisa, insumos obtidos por via biotecnológica, como a semaglutida, só podem ser importados para manipulação se forem do mesmo fabricante registrado no Brasil.
“Atualmente, a semaglutida possui registro apenas como produto biotecnológico. Portanto, não é permitida a importação nem a manipulação da semaglutida sintética até que exista um medicamento registrado com o IFA sintético”, explicou a agência.
Decisão da Anvisa em proibir manipulação de substância do Ozempic é comemorada
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a proibição da semaglutida é um passo fundamental para proteger a população brasileira “contra práticas que colocam em risco sua saúde e minam a confiança na medicina baseada em evidências”.
A Novo Nordisk, detentora da patente da semaglutida e fabricante do Ozempic, do Wegovy e do Rybelsus, considera a decisão da Anvisa um benefício para a saúde pública e para os pacientes brasileiros.
“Medicamentos irregulares não oferecem garantia de pureza, dosagem correta, estabilidade ou esterilidade, podendo resultar em ineficácia do tratamento, reações adversas graves e contaminação, colocando a saúde e segurança do paciente em risco”, diz a empresa, em nota.
Anvisa decide não proibir manipulação de Mounjaro
No despacho, a Anvisa proibiu uma substância presente no Ozempic, mas manteve a permissão para a manipulação da tirzepatida, outra substância utilizada no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, conhecida comercialmente como Mounjaro.
“A manutenção de uma proibição parcial, restrita apenas à semaglutida, abre espaço para a migração do mercado irregular para a tirzepatida manipulada, perpetuando o risco sanitário e expondo pacientes a produtos inseguros”, diz a entidade.
*Com informações da Agência Brasil e supervisão de Jorge de Sousa
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