Por falta de registro, 14 marcas de tinta para tatuagem foram suspendidas, nesta terça-feira (06), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As vigilâncias sanitárias dos estados e municípios agora devem apreender as unidades encontradas no mercado.
Entre as marcas impedidas de uso, estão Intenze, Eternal Ink, Suprema Collors, Solid Ink, Drawing Ink 700, Extrema Magic Collors, Master Ink, Kuro Sumi, Murano, Kactus, Kokkai Sumi Ink, Infinity Tattoo Ink, Korrai Sumi Ink e Bowery Ink.
Outra medida também publicada no Diário Oficial da União visa impedir o uso da tinta Indian Ink em tatuagens. De acordo com a Anvisa, o produto tem registro, mas o próprio rótulo traz a informação que a tinta não deve ser utilizada para este fim. Neste caso, a orientação é que as vigilâncias sanitárias apreendam o produto quando ele for encontrado em estúdios e feiras de tatuagem.
A marca de tinta para tatuagem Supreme, fabricada por Tseva Indústria e Comércio, já havia sido suspendida em janeiro passado, após receber uma denúncia do Ministério Público do estado de São Paulo. Atualmente, no Brasil, há somente três marcas de tintas regulares para tatuagem: a Starbrite Colors, a Electric Ink e a Irons Work.
Registros
A Anvisa havia determinado, em janeiro deste ano, a suspensão do comércio e uso de tinta para tatuagem sem registro no Brasil. O gerente-geral de Tecnologia de Produtos para a Saúde, Joselito Pedrosa, explicou que este produto, para estes fins, é registrado no país apenas se atender à legislação vigente, exigindo da empresa boas práticas de fabricação. Isso significa comprovar a segurança e a eficácia do produto.
Os testes, de acordo com Pedrosa, seguem normas nacionais e internacionais e verificam, entre outros, a toxicidade e a biocompatibilidade do produto. A tinta para tatuagem que é vendida sem ter passado por toda essa verificação corre o risco de estar contaminada com bactérias e fungos e pode desencadear uma reação alérgica leve ou grave, podendo causar a morte. “Pode levar também à indução de um câncer. Há uma série de complicações às quais a população fica sujeita em decorrência do uso de um produto ilegal”, acrescentou.