Um estudo publicado na revista Neurology mostra que o risco de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser até cinco vezes maior durante o sono. O que acontece com o corpo nesse período que o torna tão vulnerável? Especialistas explicam que o sono, apesar de essencial, pode se tornar perigoso quando há distúrbios não diagnosticados.

O que acontece com o corpo durante o sono?
Durante o sono, especialmente no fim da madrugada, o corpo passa por alterações naturais no sistema cardiovascular. A pressão arterial cai nas primeiras horas, mas pode subir de forma muito rápida ao despertar. Segundo o blog da Clínica Brasil, “a qualidade e a quantidade de sono desempenham um papel crucial na prevenção e recuperação de pacientes que sofreram um AVC“. No entanto, quando há problemas como apneia, insônia ou sono fragmentado, esse equilíbrio se perde e o risco aumenta consideravelmente.
Distúrbios do sono: gatilhos silenciosos para o AVC
De acordo com a Clínica Brasil, pacientes com Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) têm risco duas a três vezes maior de sofrer um AVC. “A AOS causa interrupções repetidas na respiração durante a noite, levando a quedas nos níveis de oxigênio e aumento da pressão arterial”, explicam os especialistas da clínica.

Além da apneia, a insônia crônica e o sono excessivo (mais de 9 horas por noite) também estão associados ao aumento do risco. O estudo publicado na revista Neurology mostrou que dormir demais pode elevar o risco de AVC em até 23%, enquanto dormir menos de 6 horas também é prejudicial.
Sinais de alerta e prevenção
O problema é que muitos AVCs durante o sono passam despercebidos. A pessoa dorme aparentemente bem, mas acorda com dificuldade de fala, paralisia facial ou perda de força em um dos lados do corpo. Isso é chamado de “wake-up stroke”, ou AVC ao despertar, e representa até 25% dos casos, segundo estudos.

Para prevenir, é essencial:
- Tratar distúrbios do sono como apneia (uso de CPAP é eficaz)
- Manter uma boa higiene do sono: rotina regular, ambiente adequado, evitar álcool e cafeína
- Controlar fatores de risco: hipertensão, diabetes, colesterol e obesidade
- Consultar um neurologista ou cardiologista ao menor sinal de alerta
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