Quando a “brincadeira” extrapola os limites do respeito, quando ofende, humilha e ridiculariza, ela pode passar a ter outro nome: tortura psicológica. Assunto em pauta atualmente, o abuso ou violência psicológica passou a ser mais facilmente reconhecido e, consequentemente, denunciado.
“A violência psicológica é, na grande parte das vezes, mais difícil de admitir enquanto sofrimento, visto que nem sempre a agressão se concretiza no corpo de forma visível. Ainda que saibamos que as marcas no corpo aparecem ao longo do tempo de sofrimento psicológico”.
Alerta a psicanalista Elizandra Souza.
A violência psicológica causa dano emocional, diminuição da autoestima, prejuízos no desenvolvimento emocional e intelectual. Em geral, acontece de forma gradual e a vítima demora a perceber.
Veja alguns tipos de violência e abuso psicológico:
- Constrangimento
- Humilhação
- Insultos
- Ridicularização
- Chantagem
- Isolamento (proibição de vida social ou profissional)
- Exploração
- Manipulação
- Vigilância e perseguição
- Gaslighting (distorção de fatos para fazer a vítima ter dúvida de si mesmo e de sua percepção)
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Como nem sempre a vítima tem clareza do que está vivendo, são familiares e amigos que chamam a atenção sobre o comportamento do agressor.
“A vítima pode se sentir culpada e confusa, inclusive justificando o comportamento do agressor. Não consegue se sentir feliz com nada e pode estar sempre amedrontada”.
Finaliza Elizandra Souza.
Se estiver passando por algum tipo de violência ou abuso psicológico, procure orientação gratuita através do Centro de Valorização da Vida (CVV), ligando para 188.
Editora-chefe
Daniela Borsuk é editora-chefe do portal RIC.com.br. Formada pela PUC-PR, tem pós-graduação em Jornalismo Digital e cursos voltados à gestão e liderança. Trabalha com jornalismo hard news desde 2016. Atualmente se dedica a matérias das editorias de Segurança, Política, Cultura, Serviços e cobertura de casos de repercussão.
