Conforme o calendário de rotina do Programa Nacional de Imunização (PNI), a cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná, atingiu a meta de vacinação infantil contra a poliomielite. A princípio, a meta do PNI é de 95% do público-alvo.
Todas as crianças entre 15 meses e 4 anos que estão matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e Escolas Municipais de Cascavel foram vacinadas contra a Poliomielite Oral (POV). De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, essa meta apenas foi alcançada após a intervenção do Ministério Público do Paraná (MP-PR) através da 9ª Promotoria de Justiça de Cascavel.
Entretanto, a capital do estado não têm tido tanto sucesso na vacinação contra a poliomielite. Conforme César Neves, secretário de Estado da Saúde, a taxa de imunização em Curitiba está mais baixa do que o esperado. “Essas coberturas estão em 36%, 39%”, afirmou. “Nós estamos abrindo uma perspectiva perigosa de trazer para o nosso convívio doenças tidas como erradicadas”. O último caso de poliomielite em Curitiba foi em 1986.
Segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), até junho deste ano o Paraná registrava 84,33% da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) e 81,04% da Vacina Oral de Poliomielite (VOP). Para todas essas vacinas a meta de cobertura é de 95%.
Notícias Relacionadas
Além da poliomielite, vacinação contra influenza também preocupa
De acordo com o secretário, o Paraná está se saindo bem na vacinação contra Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG). “O estado do Paraná, hoje, é um dos poucos estados do Brasil que não decretou estado de emergência em doenças respiratórias agudas. Ou seja, ainda estamos com a rede hospitalar equilibrada, não temos nenhum sinal de colapso, não estamos precisando expandir leitos nem de enfermaria, nem de UTI”, explicou. Contudo, o secretário afirma que se os paranaenses não se vacinarem, esse cenário pode mudar.
Desde o começo do ano, 900 paranaenses morreram por gripe. Além disso, o Informe Epidemiológico de Monitoramento dos Vírus Respiratórios de julho informa que houve 12.590 casos de SRAG só em 2024.
De acordo com César Neves, apenas 2,5 milhões das 4 milhões de doses de vacinas contra a influenza foram aplicadas. “A influenza cobriu 60,6% da meta. Se nós formos focar nos grupos de fragilidade, que são as crianças e os idosos, essa cobertura é ainda menor, em torno de 45%. Isso é muito grave”, revelou.
Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui
Repórter
Formada em Jornalismo pela PUCPR, especialista na área de Esportes, Cultura e Segurança, além de assuntos virais da internet e trends das redes sociais.
