O prefeito de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, anunciou nesta sexta-feira (21) que o município irá permitir o velório de mortos por covid-19. De acordo com Marcelo Rangel (PSDB), as cerimônias poderão ocorrer desde que sigam as especificações determinadas pela secretaria de saúde.
“O momento mais difícil em relação a essa doença é o momento da despedida, quando você perde um ente querido, uma mãe, um pai, um avô, uma avó ou um filho. É o momento mais difícil porque aquela pessoa lutou pela vida, foi para uma UTI e infelizmente perdeu a batalha para a covid-19. E hoje, aquela pessoa infectada, normalmente ela é lacrada e ela não tem despedida. Ela vai embora e família muitas vezes fica em casa sem poder se despedir. Isso é desumano”, disse ao site A Rede.
Enquanto anunciava a permissão paro os funerais de infectados pelo novo coronavírus, Rangel justificou a decisão dizendo que as vítimas fatais da doença tem uma transmissibilidade como a de qualquer doente em vida.
“A pessoa que está infectada do covid, depois que ela é vítima fatal, ela não transmite com maior intensidade do que você que está vivo, do que eu que estou vivo e não sei se estou infectado. Eu eu busquei essas informações com técnicos, eu procurei saber. Eu perguntei ‘A pessoa que faleceu, ela transmite no ar?’ Não, ela não respira”, declarou o prefeito.
Protocolo para velórios de mortos por covid-19 deve ser alterado
Ainda conforme Rangel, o protocolo sobre os velórios de mortos por covid-19 terá que ser alterado para que as cerimônias possam ocorrer, o que pode levar alguns dias. Além disso, os critérios de prevenção ao novo coronavírus precisam ser elaborados. Entre eles, como já adiantou o administrador municipal, será designada uma capela específica e exclusiva para esses casos.
“Eu vou alterar o protocolo porque isso é um protocolo quem tem recomendação estadual, federal e também da OMS. Só que a OMS você já sabe como é que é, cada dia que passa a OMS traz uma informação, que depois passada alguns dias, se mostra equivocada, completamente diferente da realidade. Eles foram contra as máscaras num primeiro momento, então já tá aí”, disse exemplificando seu ponto de vista.
Quanto as aglomerações, Rangel pontuou que ela deverá ser evitada como acontece em todas os lugares atualmente.