A coceira vaginal é um sintoma íntimo que afeta milhares de mulheres em todo o mundo e, embora comum, costuma causar desconforto físico e emocional. Ela pode surgir em qualquer fase da vida e ter diferentes origens: desde causas simples, como alergias a sabonetes, até infecções mais sérias, como candidíase ou vaginose bacteriana. Você vai entender o que provoca a coceira vaginal, como diferenciá-la de outros sintomas, quais os tratamentos recomendados e quando é necessário procurar um ginecologista.

Principais causas da coceira vaginal
A coceira na região íntima pode ter diversas causas. A seguir, veja as mais frequentes, suas características e cuidados indicados.
1. Candidíase vaginal
Candidíase é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, naturalmente presente na flora vaginal. Quando há um desequilíbrio — por uso de antibióticos, estresse, baixa imunidade ou diabetes — o fungo se multiplica, causando sintomas como:
- Coceira intensa
- Corrimento branco e espesso
- Ardência ao urinar ou durante relações sexuais
Tratamento: cremes antifúngicos, óvulos vaginais e, em alguns casos, medicação oral. O tratamento deve ser indicado por um ginecologista.
2. Vaginose bacteriana
Diferente da candidíase, a vaginose bacteriana é provocada por um desequilíbrio nas bactérias da flora vaginal, com proliferação da Gardnerella vaginalis. Os principais sintomas incluem:
- Coceira leve a moderada
- Corrimento acinzentado
- Odor forte semelhante a peixe
Tratamento: antibióticos específicos, em comprimido ou creme. Evitar duchas vaginais é fundamental para prevenir a recorrência.
3. Alergias e irritações
Produtos de higiene pessoal, sabonetes perfumados, amaciantes, calcinhas de tecidos sintéticos ou até papel higiênico com fragrância podem causar alergias na região íntima.
Sintomas comuns:
- Coceira localizada
- Vermelhidão e inchaço
- Ardência leve
Tratamento: suspender o uso do produto agressor e utilizar sabonetes neutros e roupas íntimas de algodão.
4. Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)
DSTs como tricomoníase, clamídia e herpes genital também podem causar coceira vaginal. Os sintomas variam conforme a infecção, mas geralmente incluem:
- Corrimento anormal (amarelado, esverdeado ou espumoso)
- Feridas ou bolhas na vulva
- Dor ao urinar
Tratamento: cada DST exige um protocolo específico, e o diagnóstico deve ser feito por um médico com apoio de exames laboratoriais.
5. Menopausa e alterações hormonais
Na menopausa, a queda de estrogênio pode causar ressecamento vaginal, resultando em coceira, ardência e dor nas relações sexuais.

Tratamento: pode incluir lubrificantes, hidratantes vaginais e, em alguns casos, terapia de reposição hormonal (TRH), sempre com orientação médica.
Quando a coceira vaginal é motivo de preocupação?
É comum sentir coceira leve e esporádica de vez em quando. No entanto, atenção se o sintoma vier acompanhado de:
- Corrimento com odor forte ou cor incomum
- Dor pélvica ou ardência ao urinar
- Sangramento fora do período menstrual
- Feridas, bolhas ou verrugas na região genital
Nesses casos, a visita ao ginecologista é indispensável. A automedicação pode mascarar os sintomas e agravar o problema.
Como aliviar a coceira vaginal em casa (com segurança)
Se a coceira for leve e sem outros sintomas, algumas medidas simples podem ajudar a aliviar o incômodo.

- Use sabonete íntimo neutro, sem perfume
- Prefira calcinhas de algodão e evite roupas apertadas
- Durma sem calcinha para ventilar a região
- Evite duchas vaginais, que alteram o pH vaginal
- Faça higiene apenas na parte externa da vulva
Atenção: tratamentos caseiros como banho de assento com vinagre, bicarbonato ou iogurte não têm eficácia comprovada e podem agravar a irritação.
Como prevenir a coceira vaginal
Além de tratar, é importante saber como prevenir coceira na região íntima:
- Mantenha boa higiene íntima diária
- Evite absorventes diários com perfume
- Troque roupas molhadas rapidamente após a academia ou praia
- Use preservativo nas relações sexuais
- Faça consultas ginecológicas regulares
Essas práticas fortalecem a saúde vaginal e ajudam a manter o equilíbrio da flora íntima.
Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!