Para facilitar o diagnóstico da dengue, novos métodos estão sendo implementados, como os testes rápidos, que podem auxiliar no tratamento precoce da doença. Para o combate do mosquito, outro destaque são as Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL).

A dengue é uma doença febril aguda causada geralmente pela picada de mosquitos fêmeas de Aedes aegypti infectadas. A doença também pode ser transmitida na gestação, de mãe para filho, ou em casos raros, através da transfusão de sangue.
Para evitar a proliferação do mosquito, algumas medidas foram desenvolvidas, assim como novas formas de fácil diagnóstico. Conheça novas tecnologias e métodos utilizados na luta contra a dengue.
Testes contra dengue
Os testes devem ampliar a assistência nas unidades básicas e de urgência e emergência e facilitar os diagnósticos da doença. Dentre os testes, existem três métodos disponíveis para detectar a doença, conheça quais são:
- Testes de sorologia: Eles se baseiam na detecção dos anticorpos que são produzidos pelo sistema imunológico em resposta à infecção do vírus da doença. No geral, a recomendação para o uso desse teste é a partir do 6º dia desde o início dos sintomas.
- Antígeno NS1: O exame tem como principal alvo a proteína NS1, específica do vírus da dengue. O teste pode ser sensível nos primeiros dias da infecção, se tornando uma maneira precoce de identificar a doença. Ele pode ser utilizado até o 5º dia desde o início dos sintomas.
- RT-PCR: Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (RT-PCR) é uma técnica sensível e crucial para a diferenciação dos quatro sorotipos do vírus, por isso, é capaz de detectar a doença mesmo nos estágios iniciais, em alguns casos, mesmo sem o surgimento dos sintomas. Porém, o RT-PCR pode enfrentar dificuldades na detecção de baixas cargas virais.
Além desses, há também testes rápidos para anticorpos (IgG e IgM) e NS1. Eles podem ser feitos em locais como farmácias e laboratórios autorizados.
Veja outras inovações para combater o mosquito:
Estações disseminadoras de larvicida (EDL)
A armadilha funciona com um pote de água, que fica recoberto com um tecido preto cheio de larvicida em pó. Assim que o mosquito pousa na EDL, o pó adere seu corpo, e nos casos de mosquitos Aedes aegypti fêmeas que vão em muitos criadouros para depositar os ovos, elas distribuem este larvicida em um raio de 3 a 400 metros.
A Fiocruz Amazônia desenvolveu o projeto que foi aplicado em vários municípios brasileiros desde 2014.
Wolbachia
A Wolbachia é uma bactéria presente em aproximadamente 60% dos insetos, mas não em Aedes aegypti. Por isso, a bactéria é introduzida nos mosquitos, impedindo que o vírus de doenças como dengue, zika e chikungunya sejam desenvolvidos.
Assim que a bactéria é introduzida, o mosquito é liberado para se reproduzir com outros, formando uma nova população portadora de Wolbachia, que não é transmitida para pessoas ou animais.
Além dos métodos citados, a dengue também pode ser prevenida com práticas diárias, como tirar a água parada de recipientes e higienizá-los ou com soluções naturais, como o uso de óleo de citronela.
Quais são os sintomas da dengue?
O primeiro sintoma é a febre, geralmente acima de 38ºC, com duração de dois a sete dias. Confira outros principais sintomas da dengue:
- Febre alta;
- Dores musculares intensas;
- Dor ao movimentar os olhos;
- Mal estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
Tratamento da dengue
Embora ainda não tenha um tratamento específico, em casos de suspeita da doença é essencial procurar por profissionais da saúde. Confira algumas formas de aliviar os sintomas:
- repousar;
- não se medicar por conta própria;
- se manter hidratado, podendo ser por via oral, ingerindo bastante água ou por via intravenosa, com o auxílio de soro;
- o tratamento da dengue é feito de acordo com cada caso, com a avaliação de um profissional da saúde.
Segundo o Governo do Paraná, em casos de suspeita de dengue, a orientação é procurar o posto de saúde mais próximo da sua região. Caso queira denunciar possíveis focos de dengue, entre em contato com a Secretaria da Saúde do seu município.
*Com supervisão de Daniela Borsuk
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui