O Paraná alcançou neste domingo (14) a marca de 9.583 casos confirmados de coronavírus e 326 mortes. Com uma curva ascendente de confirmações e óbitos pela covid-19, cidades paranaenses estão adotando medidas mais rígidas para aumentar o isolamento social. Em nota publicada hoje, o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Clóvis Arns da Cunha, ressaltou a importância deste distanciamento e o momento delicado que o estado enfrenta.

“Quase com certeza, vamos enfrentar a pior semana da epidemia da covid até agora em Curitiba e no Paraná. Mesmo hospitais privados de Curitiba já estão sem vagas de UTI ou com poucas disponíveis. Vários internamentos nas últimas 24 horas”, escreveu Arns.

Já neste final de semana, as prefeituras de Curitiba e Cascavel publicaram novos decretos alterando as atividades que podem continuar funcionando.

“Isolamento social é a única forma de controlarmos a epidemia”

Por meio de nota, o presidente da SBI informou o momento delicado que o Paraná enfrenta no combate ao coronavírus. Com o avanço de casos nos últimos dias, os leitos de UTI passaram a ter uma ocupação maior.

“Se conseguirmos convencer a população a seguir as medidas de isolamento social, provavelmente, conseguiremos voltar a ter a epidemia ‘sob controle’ em 4 a 6 semanas. Se não conseguirmos, poderá acontecer aqui o que todos vimos em outras cidades brasileiras no mês de maio”, escreveu Arns.

Há uma semana, no domingo dia 7 de junho, o Paraná tinha 6.893 casos confirmados e 237 mortes. Sete dias depois, o aumento chegou perto dos 40%. Em três dos últimos cinco dias foram registrados mais de 500 novos infectados. Os óbitos também bateram recordes. Somente na última quarta-feira (10) foram 22.

“É o momento de cada cidadão fazer , mais do que nunca, sua parte e evitar aglomerações e locais que não oferecem as 3 regras fundamentais de prevenção : 1) uso de máscaras; 2) distanciamento físico de 1,5m; 3) higienização de mãos. Será importante seguirmos as orientações das secretarias municipais e estaduais de saúde”, declarou Arns.

O presidente da SBI também comentou sobre as dificuldades que algumas cidades terão para atender um grande número de pacientes. “VÁRIAS instituições de saúde e municípios do PR estão com dificuldades de comprar respiradores , oxímetros e ter equipe de enfermagem e/ou médica para abrir mais leitos”.

Para finalizar a nota, Clóvis Arns destacou as consequências que a economia está enfrentando durante a pandemia.

“As consequências sócio-econômicas da Covid-19 no mundo e no Brasil são avassaladoras, mas enquanto não tivermos medicamento eficaz, nem vacina, o isolamento social é a única forma de controlarmos a epidemia ! Quanto antes controlarmos a epidemia, tanto mais rapidamente a economia poderá ser reaberta”, finalizou.

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.