Curitiba - Uma criança, de seis anos, morreu em Curitiba devido a uma infecção rara causa por uma bactéria que pode ser encontrada em 5 a 15% da população. O óbito ocorreu no dia 24 de outubro e estava sob investigação.

foto de hospital para ilustrar o caso da criança de 6 anos que morreu por infecção rara causada por bactéria
A suspeita de doença invasiva (iGAS) é uma emergência médica, que requer avaliação hospitalar imediata (Foto: Ilustração/Canva)

A bactéria Streptococcus pyogenes é responsável por doenças como amigdalite e escarlatina. Embora geralmente cause quadros leves e comuns na infância, o micro-organismo pode, em situações raras, provocar infecções invasivas graves, conhecidas como iGAS.

“A bactéria é a mesma de outras infecções comuns, mas a resposta imunológica pode ser diferente de criança para criança. Em alguns casos raros, o Streptococcus pyogenes pode gerar uma infecção invasiva gravíssima”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira.

Essas formas mais severas podem atingir a corrente sanguínea e causar pneumonia, meningite, infecção muscular profunda (fasciíte necrotizante) ou até choque tóxico, quadro potencialmente fatal. A transmissão ocorre por gotículas de saliva, secreções respiratórias ou contato direto com feridas infectadas, de maneira semelhante às formas leves da doença.

Sinais de alerta

Para pais e responsáveis em geral, a Secretaria Municipal de Saúde reforça que infecções causadas pelo Streptococcus pyogenes são comuns e tratáveis. No entanto, alguns sinais podem indicar gravidade e exigem atenção redobrada: febre persistente após 24 horas do início do antibiótico, sonolência, fraqueza acentuada e vômitos repetidos.

“Essas infecções são frequentes na infância e, quando diagnosticadas precocemente e tratadas com antibióticos, evoluem bem. O importante é observar qualquer piora no quadro clínico”, ressaltou a médica infectologista Marion.

Como evitar infecção rara por bactéria

  • Se tiver dor de garganta e febre alta, procure atendimento médico. A pessoa diagnosticada com infecção por estreptococos do grupo A só deve voltar a frequentar a escola, creche ou trabalho após 24 horas do início do tratamento com antibiótico.
  • Mantenha ferimentos (como cortes ou arranhões) limpos e esteja atento a sinais de infecção. Se um ferimento se tornar vermelho ou inchado, com secreção purulenta, ou se estiver associado com febre, procure o serviço de saúde.
  • Higienizar as mãos, especialmente após tossir ou espirrar, e antes e depois de cuidar de uma pessoa doente.
  • Evite compartilhar alimentos, bebidas, cigarros ou pratos, copos e talheres.
  • Creches e escolas devem higienizar adequadamente os brinquedos de uso comum.
  • Deixar os ambientes bem ventilados.

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Mahara Gaio

Repórter

Jornalista formada pela Universidade Positivo e pós-graduada em Jornalismo Digital. Produz pautas com foco em Clima e Tempo, além de Segurança, com ênfase em crimes e acidentes de repercussão no Paraná.

Jornalista formada pela Universidade Positivo e pós-graduada em Jornalismo Digital. Produz pautas com foco em Clima e Tempo, além de Segurança, com ênfase em crimes e acidentes de repercussão no Paraná.