O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou nesta quinta-feira (13) que abriu investigação contra o médico que utilizou uma luva cirúrgica no lugar de uma bolsa de colostomia, durante atendimento a um paciente em Curitiba. Segundo nota oficial, uma possível “infração ética em conduta de médico” será analisada e o processo ocorrerá em sigilo.
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O paciente João Carlos dos Santos, de 35 anos, que faz tratamento renal desde fevereiro de 2021, denunciou o caso nesta semana. O homem contou ao RIC Mais que procurou o Centro Clínico Pinheirinho para realizar um procedimento para colocar uma bolsa de colostomia, porém, foi surpreendido com a informação do médico de que o equipamento estava em falta e por isso foi colocada uma luva cirúrgica como alternativa.
Apesar do paciente ainda não ter procurado o CRM-PR, o conselho decidiu por iniciar as investigações. “As denúncias tornadas públicas levam ao serviço, à obtenção do prontuário, dos detalhes do médico e o atendimento dado ao paciente. Todos são ouvidos, sendo importante o peso dos detalhes prestados pelo paciente”, informou o conselho.
Em nota, o CRM-PR ainda esclareceu que o rito se faz sob sigilo. Confira a nota:
“O Conselho Regional de Medicina do Paraná tem a informar que, como lhe é facultado por lei, está instaurando procedimento, de ofício, para apurar eventual indício de infração ética em conduta de médico que, conforme denúncia tornada pública pelos meios de comunicação, teria colocado luva no lugar de bolsa de colostomia em paciente. Nesta etapa, como nas demais que se seguem, o rito se faz sob sigilo e em que é assegurado o princípio do contraditório e da ampla defesa.
Curitiba, 13 de outubro de 2022.
CRM-PR”
Clínica lamenta ocorrência
O Centro Clínico Pinheirinho também emitiu uma nota sobre o caso. De acordo com a instituição, o médico foi demitido e o paciente acolhido. Confira:
“A prioridade do Centro Clínico Pinheirinho é oferecer o melhor atendimento aos clientes. Por isso, a unidade lamenta profundamente que o ocorrido, no Centro Clínico Pinheirinho, possa ter gerado algum desconforto ao paciente. Por esse motivo, assim que houve conhecimento dos fatos, o médico foi desligado, o paciente foi acolhido, e todas as suas demandas estão assistidas. O paciente está bem e em continuidade ao seu tratamento ambulatorial. A companhia preza pelo bem-estar do paciente sempre e está em contato direto e à disposição do beneficiário para melhor assisti-lo”, disse a instituição.