Curitiba - A Prefeitura de Curitiba anunciou nesta terça-feira (4) que manterá o projeto A Hora é Agora, responsável por prestar atendimento a pacientes com HIV. O programa era mantido com recurso do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças, em português) dos Estados Unidos, mas foi descontinuado pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

O projeto paralisou as atividades na última sexta-feira (31) e atende cerca de 250 pessoas em Curitiba, no Centro de Orientação e Aconselhamento (COA) e na Unidade de Saúde Salgado Filho. Todos esses pacientes serão acolhidos pela Prefeitura de Curitiba.
“Por conta desta transição, é possível que seja necessário reagendamento de algumas consultas médicas, mas ninguém ficará sem atendimento. O município atendeu quase 4 mil pessoas com Aids em 2024 e poderá absorver os 250 pacientes oriundos deste projeto”, explica a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Tatiane Filipak.
As únicas mudanças previstas pela Prefeitura de Curitiba é que os 140 pacientes que recebiam medicamentos para tratamento e profilaxia do HIV em casa terão que buscar esses remédios em seis pontos de Curitiba:
- Unidade de Saúde Salgado Filho;
- Unidade de Saúde Monteiro Lobato;
- Unidade de Saúde Vila Hauer;
- Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho;
- Centro de Orientação e Aconselhamento;
- Centro de Especialidades Santa Felicidade.
Os autotestes de HIV também não serão mais entregues nas residências, mas serão disponibilizadas pelo Centro de Orientação e Aconselhamento, além das unidades de saúde Salgado Filho, Vila Hauer, Ouvidor Pardinho e do bairro Tatuquara, bem como no Centro de Especialidades Santa Felicidade.
O projeto A Hora é Agora foi descontinuado em diversas capitais do Brasil, após o fim do repasse de verbas dos Estados Unidos autorizado por Trump. Para Lucas Siqueira, diretor do programa em Curitiba, o atendimento e para pacientes com HIV é fundamental para a qualidade de vida dessas pessoas.
“Um dos grandes problemas do HIV, além da doença em si, é o tabu e o preconceito que existem sobre essa doença. Hoje, uma pessoa que faz tratamento do HIV, ela tem uma vida longeva como qualquer outra. Se ela faz tratamento corretamente, ela não transmite o HIV. Então, projetos como esse, que facilitam o tratamento, facilitam a testagem, são muito importantes”, finaliza Silveira.
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