Curitiba - A Câmara Municipal de Curitba (CMC) aprovou de forma unânime nesta terça-feira (18), a unificação dos prazos para o combate à dengue na cidade. Essa votação foi marcada após a aprovação, na última quarta-feira (12) do regime de urgência para o projeto de lei (PL) dos vereadores Leonidas Dias (Podemos) e Nori Seto (PP).

Vereador Leonidas Dias apresenta alterações no Código de Posturas de Curitiba.
Segundo a Secretaria de Urbanismo, mais de 13,4 mil notificações de limpeza foram emitidas em 2024. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC).

Após o maior surto de dengue da história da história do Paraná em 2024, a sugestão do PL é reduzir o prazo para que as Secretarias Municipais de Saúde e Urbanismo possam agir em terrenos e residências com criadouros do Aedes aegypti.

“Curitiba registrou, em 2024, mais de 17 mil casos de dengue em nosso município. Infelizmente, a previsão da Prefeitura de Curitiba é de que esse número seja ainda maior em 2025”, disse Dias.

Até então, se a fiscalização identifica um terreno com criadouros do mosquito, o proprietário é notificado e tem três dias para eliminar os focos de dengue. Em caso de descumprimento da notificação, as equipes da Prefeitura assumem a limpeza, com multa aplicada e cobrança dos custos de trabalho.

Com o projeto aprovado, o prazo para o proprietário eliminar os criadouros de mosquito caiu para 48 horas. Assim, a Prefeitura pode agir com um dia de antecedência em caso de omissão do notificado.

“No combate à dengue, cada hora é fundamental. O perfil da transmissão mudou. Antes eram casos importados, mas hoje a maioria são autóctones, ou seja, com transmissão local”, reforçou Seto.

Além disso, o PL sugere que para casos reincidentes, após uma primeira multa, a Prefeitura está amparada a agir no local sem necessidade de nova notificação, também aplicando multa e cobrando os custos da limpeza do proprietário do terreno.

“Com essa medida, pretendemos conferir melhor precisão científica no uso da expressão. Isso porque o foco (da infestação) não transmite a dengue, mas propicia o desenvolvimento do mosquito. Em segundo lugar, objetivamos contemplar as demais doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como chikungunya, zika e febre amarela urbana, doenças chamadas de arboviroses”, disseram os autores do projeto.

*Com supervisão de Jorge de Sousa.

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Caio Yuke

Estagiário de jornalismo

Caio Yuke, estagiário cursando o 8º período do curso de jornalismo da PUCPR, com o trabalho voltado principalmente às áreas de Loterias e Esportes, além de atualizações de 'onde assistir' aos jogos.

Caio Yuke, estagiário cursando o 8º período do curso de jornalismo da PUCPR, com o trabalho voltado principalmente às áreas de Loterias e Esportes, além de atualizações de 'onde assistir' aos jogos.