Paciente é uma mulher, que mora no Centro e esteve no Rio de Janeiro há poucos dias

Curitiba confirmou esta semana o primeiro caso de zika vírus em 2016. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, trata-se de uma mulher que mora na região central da cidade. O caso é importado, já que a paciente esteve no Rio de Janeiro há poucos dias.

“Felizmente não se trata de paciente gestante, o que não traz desdobramentos. Ela já foi tratada adequadamente e todas as ações de bloqueio no entorno da residência já foram realizadas. Mas isso nos faz um alerta, pois outros pacientes doentes irão chegar à cidade”, alertou o secretário municipal da Saúde, César Monte Serrat Titton.

Em 2015, de acordo com dados da secretaria municipal, Curitiba registrou dois casos de zika vírus, também importados. Eram dois pacientes do sexo masculino.

Já o número de casos confirmados de dengue quase dobrou, em comparação com o boletim anterior, do dia 29 de janeiro. Segundo dados da Prefeitura, já são 106 casos, todos eles importados. Os dados contrastam bastante com o que foi informado no boletim da Secretaria Estadual de Saúde. Segundo o último boletim divulgado pela Sesa no dia 02 de fevereiro, Curitiba tinha apenas sete casos de dengue confirmados.

De acordo com a Prefeitura, ao longo de todo o ano passado, foram 242 casos de dengue na capital – três deles autóctones. Este ano, até agora, não foi registrado nenhum caso autóctone (quando a contaminação ocorre na própria cidade).

Com relação à febre chikungunya, em 2016 Curitiba ainda não registrou nenhum caso. No ano passado foram dois.

Comando Central

A Prefeitura de Curitiba vai instalar, a partir da próxima semana, uma sala de comando central contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chicungunya. A intenção é monitorar , para coordenar e monitorar todas as ações realizadas na cidade para combater o mosquito Aedes aegypti. A decisão foi comunicada nesta sexta-feira (05), durante reunião da Ação Integrada contra o Aedes, que reúne diversos órgãos municipais. O encontro teve também a participação de representantes das Forças Armadas, que a partir de agora reforçarão o trabalho que as secretarias municipais estão realizando, começando com uma ação educativa que deverá colocar nas ruas de Curitiba 3 mil homens do Exército e da Aeronáutica.

“Felizmente a situação em Curitiba está sob controle, graças ao trabalho intenso que temos realizado e à mobilização da comunidade. Mas é necessário um trabalho permanente, e as parcerias são fundamentais”, disse o prefeito. Ele lembrou que o número de denúncias de focos do Aedes aegypti aumentou muito e os profissionais da Prefeitura ainda encontram dificuldade para entrar em alguns imóveis e eliminar os criadouros do mosquito, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

“O Exército nos dará esse apoio, para evitar que os problemas já causados pelo Aedes em outras cidades se instalem também em Curitiba”, enfatizou.

O general Flávio Marcus Lancia Barbosa, comandante da Artilharia Divisionária da 5.ª Divisão do Exército, destacou que as Forças Armadas receberam do Ministério da Defesa missão de cooperar com as ações de combate ao Aedes aegypti em todo o Brasil, tanto em caráter educativo como na parte operacional, auxiliando nas vistorias de imóveis. Em Curitiba, a primeira ação ocorrerá no sábado depois do Carnaval.