Segundo dados preliminares divulgados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, o número de casos confirmados no Paraná, neste início de 2025, é 93,1% menor comparado ao mesmo período em 2024.

A imagem contém um mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.
De janeiro até 15 de fevereiro, foram confirmados 5.323 casos da doença, e em 2024, no mesmo período, foram mais de 77 mil casos. (Foto: Sesa)

Além da diminuição de casos, a quantidade de óbitos também reduziu em 97,7%, passando de 86 para 2. Das 22 Regionais de Saúde, 91% apresentaram diminuição de prováveis casos, com exceção das Regionais de União da Vitória (6ªRS), com aumento de 43%, e Ponta Grossa (3ªRS), com 23%.

O estado diminuiu em 80,8% em relação aos casos prováveis de dengue na semana epidemiológica de 01 a 07. Em 2025, foram 15.663 casos, e em 2024, 81.417.

Mesmo com a redução de casos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta que as pessoas devem continuar com os cuidados, mantendo sempre as práticas de limpeza para evitar acúmulos de água parada, o que pode gerar criadouros do vetor da doença. 

“Essa redução substancial do número de casos de dengue segue sendo um reflexo de um trabalho organizado, de conscientização e conjunto. É fundamental manter as iniciativas que estão sendo desenvolvidas no Estado e fortalecer ainda mais as ações assistenciais”, explicou  o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.  

Os casos de dengue afetam diversos países da América, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). Em fevereiro, a instituição emitiu um alerta de risco de surtos por conta da circulação do sorotipo DENV-3, presente nos seguintes países: Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México, Nicarágua, Peru e Porto Rico.

Cada sorotipo, seja ele DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, pode gerar uma imunidade específica, mas a doença ainda pode ser contraída novamente em casos de picada de mosquitos contaminados com outro sorotipo.

Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, “é possível contrair dengue mais de uma vez, por um sorotipo diferente, podendo causar um quadro clínico mais grave”.  

Arboviroses

Além da dengue, a Sesa faz alerta à população em relação à chikungunya, que teve aumento de 383% nos possíveis casos, em relação à mesma época em 2024, que contava com 93 casos. Já em 2025, 449 registros foram contabilizados até o momento. 

Ivana explica que ainda é importante evitar o acúmulo de água parada, “a doença chikungunya apresenta situação preocupante, e como se trata do mesmo vetor envolvido nos dois agravos, o mosquito Aedes aegypti, é necessário que as medidas de controle vetorial sejam intensificadas”.

Sintomas

O primeiro sintoma é a febre, geralmente acima de 38ºC, com duração de dois a sete dias. Confira outros principais sintomas da dengue:

  • Febre alta;
  • Dores musculares intensas;
  • Dor ao movimentar os olhos;
  • Mal estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Além disso, é necessário ficar atento aos possíveis sinais de uma possível dengue hemorrágica, que deve ser monitorada por profissionais da saúde. 

Prevenção

Evitar a proliferação de mosquitos Aedes Aegypti, mantendo a higiene dos locais e eliminando água parada que pode estar em vasos de plantas, pneus, piscina, e garrafas plásticas é a melhor forma de prevenção. Outras formas de prevenção são: 

  • Não permitir que a água se acumule em pratos e vasos de plantas. Uma ideia é preencher os pratinhos com areia fina até a borda.
  • Higienizar e manter cobertos locais como caixas d’água, poços, cisternas, jarras e filtros;
  • Não permitir que a água se acumule em pratos e vasos de plantas. Uma ideia é preencher os pratinhos com areia fina até a borda;
  • Mantenha a tampa do vaso sanitário sempre fechada;
  • Em banheiros que são pouco utilizados, o ideal é dar descarga pelo menos uma vez na semana;
  • Permita o acesso do agente de controle de zoonoses em sua residência ou estabelecimento comercial;
  • Mantenha o quintal sempre limpo;
  • Lave sempre as vasilhas dos animais de estimação com água e sabão pelo menos duas vezes na semana. 

Além disso, algumas práticas diárias podem ser realizadas para evitar possíveis criadouros. Algumas soluções naturais, como o óleo de citronela, também podem ajudar a afastar o mosquito.

*Com supervisão de Jorge de Sousa

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui 

Ana Clara Carneiro

Estagiária de jornalismo

Ana Clara, estagiária e atualmente cursando o 7º período de jornalismo na PUCPR. Se dedica, em especial, a matérias sobre Filmes e Séries, com a ordem de franquias, Entretenimento, Cultura e agenda de shows, Astrologia, como fases da lua, por exemplo, e Esporte.

Ana Clara, estagiária e atualmente cursando o 7º período de jornalismo na PUCPR. Se dedica, em especial, a matérias sobre Filmes e Séries, com a ordem de franquias, Entretenimento, Cultura e agenda de shows, Astrologia, como fases da lua, por exemplo, e Esporte.