Londrina - A Regional de Saúde de Londrina contempla 21 municípios e atualmente lidera o número de casos confirmados de dengue no Paraná.

Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA) em 28 de janeiro, a Londrina e região acumulam 1.806 casos confirmados de dengue.
Na sequência aparecem a Regional de Paranavaí, com 1.451 casos confirmados, e a Região Metropolitana de Curitiba, com 612 registros.
Dos três óbitos confirmados no atual ciclo epidemiológico no Paraná, dois foram em Londrina e região. O último registrado, em um idoso de 67 anos.
Como comparação, no ciclo anterior, Londrina e região registraram 82.514 casos de dengue e 105 óbitos – ambas marcas líderes entre todo o Paraná.
Retorno de sorotipo é desafio contra dengue no Paraná
Com o retorno do sorotipo 3 desde o último ciclo, a tendência é que o estado possa voltar a registrar 500 mil casos confirmados em 2025.
No ciclo atual, iniciado em 28 de julho de 2024, o Paraná registrou 61.319 notificações, 8.034 casos confirmados e dois óbitos.
Como comparação, no mesmo período do ciclo anterior, o estado registrava 67.120 notificações, 16.693 casos confirmados e três óbitos.
A tendência é que esses números apresentem crescimento constante nas próximas semanas, em especial, pelo aumento de chuvas nos meses de março e abril em todo Paraná.
“A dengue é uma doença endêmica, temos casos durante todo o ano, mas o período de maior concentração de casos notificados tem início em janeiro e normalmente vai até maio, sendo que março e abril concentram o maior número de casos”, reforça a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4; e a infecção por um deles amplia a imunidade para ele, mas uma contaminação diferente pode acarretar em novo registro da doença.
Até 2018 houve a predominância do sorotipo DENV-1, em 2019 e 2020 do sorotipo DENV-2 e a partir de 2021 voltou a prevalecer o sorotipo DENV-1. Já em 2024 foi observada a reintrodução da circulação de DENV-3.
No ciclo passado, foram detectados DENV-1, DENV-2 e DENV-3. O DENV-1 teve a maior circulação, representando mais de 80% das amostras tipificadas pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen). Já no atual período há predomínio do sorotipo DENV-2.
“É possível contrair dengue mais de uma vez, por um sorotipo diferente, podendo causar um quadro clínico mais grave”, explica o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
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