Foz do Iguaçu - Com o Paraná em alerta devido ao crescimento de casos da dengue, Foz do Iguaçu, Região Oeste do estado, está apostando na tecnologia como aliada no combate à doença.

Mosquito da dengue em pele humana
Foz do Iguaçu tem conseguido avançar no combate à dengue com uso de armadilhas e a Metodologia Wolbachia. (Foto: Pixabay)

O Centro de Controle de Zoonoses de Foz do Iguaçu tem utilizado diversos recursos com o objetivo de mapear e diminui as contaminações.

Um deles é a base de dados, que é capaz de mapear todas as áreas da cidade em tempo real, o que auxilia os agentes da saúde a saberem a movimentação dos mosquitos.

Outra estratégia é a utilização de armadilhas para a captura dos ovos e mosquitos, seja para monitoramento ou controle populacional desses animais. Atualmente, 1.560 armadilhas estão dispostas por Foz do Iguaçu.

Por fim, Foz do Iguaçu tem apostado na Metodologia Wolbachia como aliada no combate ao mosquito da dengue.

A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos, inclusive em alguns mosquitos. No entanto, não é encontrada naturalmente no Aedes aegypti. Quando presente neste mosquito, a bactéria impede que os vírus da dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela se desenvolvam.

Ou seja, os mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia são liberados para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais estabelecendo, aos poucos, uma nova população dos mosquitos, todos com Wolbachia.

Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça estável, sem a necessidade de novas liberações. Este efeito torna o método autossustentável e uma intervenção acessível a longo prazo.

Estimativa da Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu apontam que 50% da população de mosquitos Aedes aegypti do município apresentam a bactéria Wolbachia.

“A tendência é que consigamos amenizar a situação. Com menos casos de dengue e mais qualidade de vida à população”, complementa Fabio de Mello, secretário da Saúde de Foz do Iguaçu.

Atualmente, a Regional de Saúde de Foz do Iguaçu – que também conta com os municípios de Itaipulândia, Matelândia, Medianeira, Missal, Ramilândia, Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu, conta com 539 casos confirmados de dengue.

Como comparação, no ciclo epidemiológico 2023/2024, a regional registrou 22.745 casos e 17 óbitos.

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Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.