Juntos há pouco mais de um ano, Paulo Assis, de 47 anos, e Sueli Golfeto, de 50 anos, noivaram em setembro e tinham o sonho de se casar em alguns anos, mas uma mudança no curso da vida fez com que ambos resolvessem oficializar a união na segunda-feira (14).

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O local escolhido foi o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, onde se conheceram e estão nos últimos dias. Paulo está internado, e em acompanhamento com a equipe de cuidados paliativos do Programa HOPE (Hospital Paliativo Experience).

O casal se conheceu durante o tratamento de quimioterapia da mãe do Paulo na Clínica de Oncologia do HMCC, onde Sueli é enfermeira. 

(Foto: Assessoria HMCC)

“A mãe foi nossa cupida. Durante o tratamento ela foi dando dicas, conversando, e eu e Paulo começamos a conversar por mensagem, eu fui na casa dele, e nós não nos desgrudamos mais.”

Sueli Golfeto – enfermeira

Ela só não esperava que, além de ajudar o noivo no cuidado com a mãe, precisaria cuidar dele.

Diagnóstico

Em dezembro de 2021, Paulo foi diagnosticado com melanoma, um tipo de câncer de pele que tem origem nas células que dão cor à pele, os melanócitos. Diante da doença foi preciso iniciar um tratamento rápido e emergencial, que passou a ser acompanhado pela equipe médica do Centro Hospitalar.

No dia 28 de janeiro, o paciente deu entrada no hospital e, desde então, na evolução da doença de base, a equipe de cuidados do programa HOPE foi acionada para manter o acompanhamento em conjunto com a oncologia hospitalar. Internado há 18 dias, ele reafirmou por diversas vezes o desejo de casar com Sueli. 

“Foi aí que nós resolvemos atender este ‘last wish’ [último desejo] do Paulo Assis, no sentido da humanização do cuidado. Mesmo que a doença em evolução está  com prognóstico ruim, priorizamos o carinho com o paciente e com sua família até o final”

Dra Ana Paula Romanini – médica responsável

“O meu desejo de estar perto da Sueli é de felicidade. Ela é meu presente. Me apoiou e me ajudou quando mais precisei, e eu tenho certeza de tudo que estamos assumindo hoje. Casar não é por casar, é por amor, respeito, consideração, paixão, e tudo isso encontrei nela”.

Paulo Assis- paciente

O Sim!

Na capela do Centro Hospitalar, o padre Clodoaldo Frassetto, amigo do casal, fez questão de reafirmar a importância da união dos dois. Com autorização do Bispo da Igreja Católica, o casamento religioso vale como matrimônio sagrado, principalmente após o “sim” de um para o outro.

A celebração curta emocionou os familiares que estiveram presentes e toda a equipe do hospital.

“Uma ação que mexeu com todo nosso hospital, mas que nos permitiu viver algo único. Ao casal, desejamos força e fé. Que a união seja o símbolo desse amor que já provou ser capaz de superar qualquer barreira.”

Sidney Franco – diretor administrativo-financeiro

Após a cerimônia, houve uma recepção na sala Hope, com fotos, brinde, bolo, de uma maneira que o casal pudesse sentir ainda mais o carinho da equipe por eles.

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