Comunicado informa que houve o registro de mais de 224 mil casos da doença e 52 mortes no País só em 2015

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) emitiu na última segunda-feira (20) um alerta aos americanos que desejam viajar ao Brasil sobre o risco de contrair dengue e malária no País. Em escala de 1 a 3, o País foi classificado como risco nível 1 de atenção, indicando que o viajante deve adotar precauções.

Serra Leoa e Libéria, por exemplo, são classificadas pelos americanos com nível 3, por causa do Ebola – e devem ser evitados. O Ministério da Saúde considerou “adequada” a medida do governo dos Estados Unidos.

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“OBrasil realmente está enfrentando epidemia de dengue em algumas regiões e cabe o aviso aos viajantes”, afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch.  O texto do CDC informa que, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), houve o registro de 224.101 casos da doença e 52 mortes no País só em 2015. São Paulo, Goiás e Acre são os Estados mais afetados.

O CDC explica aos turistas que não há vacina nem remédio eficaz para prevenir a dengue e que o melhor cuidado é usando repelentes. O alerta sugere também que as pessoas se vistam com calças e camisas de mangas compridas e, ao aplicarem filtro solar, passem o repelente em seguida.

“A pessoa só se torna imune à dengue se foi infectada pelos quatro sorotipos da doença. E, se já teve infecção anterior, a chance de ter a forma grave da dengue é maior. Nesse sentido, é indiferente que o turista nunca tenha tido contato com a doença”, explicou Maierovitch.

Malária

O CDC emitiu alerta de atenção a malária. Em 27 de março, o País foi classificado como risco nível 1, por causa do registro de 23 casos de transmissão da doença no Rio e 5 em Goiás. A transmissão local significa que mosquitos foram infectados pela malária e estão espalhando a doença para a população, alerta o órgão. O centro recomenda que pessoas que estejam viajando para Goiás ou para a Região Serrana e áreas de Mata Atlântica do Rio também se protejam.

De acordo com Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), esse tipo de alerta é “mais ou menos recorrente” e se justifica no caso da dengue. “Estamos no meio de um surto e precauções devem ser tomadas”, afirma.

Exagero

A especialista Denise Valle considera que houve “certo exagero” do órgão internacional no alerta sobre a malária. “É um pequeno surto, muito localizado, no interior do Rio. Esses casos acontecem de vez em quando, mas 99% dos registros de malária são na Região Amazônica.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.