A Fiocruz informou em comunicado oficial, na noite de sexta-feira (02), que os lotes de vacinas vencidas da AstraZeneca, aplicadas na população, não foram produzidas pela instituição.
Parte dos lotes supostamente vencidos (com numeração inicial 4120Z), diz a Fiocruz, é referente aos quantitativos importados prontos do Instituto Serum, da Índia, chamada de Covishield, e entregues pela Fiocruz ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) em janeiro e fevereiro deste ano. Os demais lotes apontados foram fornecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).
A denúncia de aplicação de vacinas vencidas foi feita pelo jornal Folha de São Paulo ainda afirmou que Maringá era a ‘campeã’ em aplicação de doses vencidas (teriam sido 3.536 doses) de vacina contra a covid-19. A cidade desmentiu afirmando que não houve vacinação de doses vencidas na cidade, e sim um erro no sistema do Sistema Único de Saúde (SUS) no momento da transferência de dados.
A Folha ainda disse que o Paraná teve 65 cidades paranaenses aplicando as vacinas fora da validade. Diante da informação, o secretário estadual de saúde, Beto Preto, deu uma entrevista exclusiva ao Balanço Geral Maringá e reiterou que não houve produto vencido e, sim, erro no registro de dados. Tranquilizou a população e pediu “cautela” com este tipo de informação.
“Todas as doses das vacinas importadas da Índia (Covishield) foram entregues pela Fiocruz em janeiro e fevereiro dentro do prazo de validade e em concordância com o MS, de modo a viabilizar a antecipação da implementação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, diante da situação de pandemia. A Fiocruz está apoiando o PNI na busca de informações junto ao fabricante, na Índia, para subsidiar as orientações a serem dadas pelo Programa àqueles que tiverem tomado a vacina vencida.”, diz a nota oficial da Fiocruz.