Apesar de ligeira redução nos índices de mortalidade e ocupação dos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva), boletim emitido ontem (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta que a incidência do novo coronavírus mantém patamar elevado no país, o que aumenta a probabilidade do surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2.
A análise demonstra que novas variantes podem tornar o risco de uma terceira onda de contaminação “ainda mais grave”.
“A observada manutenção de um alto patamar, apesar da ligeira redução nos indicadores de criticidade da pandemia, exige que sejam mantidos todos os cuidados, pois uma terceira onda agora, com taxas ainda tão elevadas, pode representar uma crise sanitária ainda mais grave.”
pondera o boletim.
Enquanto a incidência de casos tem aumento de 0,3% por dia, o índice de letalidade diário em decorrência da covid-19 caiu 1,7%. Contudo, o número de mortes segue muito elevado, com média de 2,1 mil vítimas diariamente.
“Neste momento da pandemia cabe o reforço das ações de vigilância em saúde para fazer a triagem de casos graves, o encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos. Nesse sentido, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares.”
explicam os pesquisadores da Fiocruz
Os pesquisadores reforçam que locais e atividades de interação social, principalmente em ambientes fechados e com grande números de pessoas devem continuar sendo evitados. Ainda reiteram que somente essas medidas, juntamente com o avanço das campanhas de vacinação, podem garantir uma queda sustentada na transmissão do novo coronavírus e evitar colapso do sistema de saúde.