A enfermeira Bárbara Christini Ferreira Santos morreu na última sexta-feira (1º) de covid-19. De acordo com familiares, mesmo fazendo parte do grupo de risco, a profissional de saúde não foi afastada do trabalho.

A enfermeira trabalhava em hospitais públicos de Contagem e Sarzedo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a família, a profissional tinha asma, bronquite, lúpus, pneumonia e anemia hemolítica autoimune.

No começo da pandemia do novo coronavírus no Brasil, Bárbara solicitou o afastamento de suas funções nas duas cidades. A Prefeitura de Contagem aceitou o laudo médico e liberou a profissional.

No entanto, a administração de Sarzedo manteve a enfermeira trabalhando, após analisar o mesmo laudo aceito em Contagem. De acordo com a irmã da vítima, Luciane Oliveira, o afastamento foi indicado por mais de uma equipe médica.

Segundo a reportagem da Record TV Minas, a enfermeira trabalhou em Sarzedo até o dia 14 de dezembro. Com falta de ar e tosse, ela procurou uma unidade de saúde e foi internada quatro dias depois. No dia seguinte, ela foi transferida para o Hospital Santa Helena, em Contagem, e no dia 22 de dezembro, foi levada ao Hospital Municipal de Contagem. Ela morreu no dia 1º de janeiro.

Colegas de trabalho de Bárbara realizaram homenagens à enfermeira, com uma carreata na cidade de Sarzedo. A irmã da vítima está revoltada e disse temer pela saúde dos outros trabalhadores.

A Record TV Minas entrou em contato com a Prefeitura de Sarzedo várias vezes desde o último domingo (3), mas não teve retorno até o momento.