Os reflexos da pandemia e da guerra já estão sendo sentidos nas farmácias e hospitais do Paraná. Muitos remédios, como antibióticos, analgésicos e xaropes estão em falta. Em muitos casos, pacientes precisam voltar aos consultórios pedir novas receitas, com novas opções de remédios.

Mariane Ravaglio é mãe de uma menina. A criança está com princípio de pneumonia e a mãe teve dificuldade em achar o antibiótico prescrito pelo médico. Ela inclusive teve que usar um xarope pra adulto e diminuir a dosagem, para poder atender a filha.

No pediatra, quando foi pedir nova orientação a médico e trocar a receita, Mariane viu os relatos de outras mães, também contando que não encontram determinados medicamentos. É grande a lista de remédios que estão em falta nos hospitais e farmácias públicas e privadas: antibióticos, analgésicos, antitérmicos, xaropes, antialérgicos, broncodilatadores, corticóides, remédios para tratamento da anemia e reposição hormonal.

O presidente do Sindicato das Farmácias do Paraná (Sindifarma), Edenir Zandoná Junior, explica que com a guerra entre Ucrânia e Rússia e ainda os reflexos  da pandemia, muitas indústrias estão com dificuldades para conseguir os insumos.

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“Teve navios que ficaram um período bastante grande na China, por exemplo. E quando chegam no Brasil, tem que ser liberado pela Polícia Federal, tem que ser feitos os testes de qualidade, tem a quarentena, outro teste de qualidade depois de produzido. Aí vai pro distribuidor e de lá para a farmácia. Precisa de um tempo bastante grande pra qie a medicação venha a ser colocada de volta no mercado”,

disse Zandoná Junior.

E ele ressalta que não há expectativa de normalização. Mas Zandoná Júnior ressaltou que as pessoas não devem deixar de fazer os tratamentos. A opção é procurar o médico de novo e ver outras alternativas de medicamentos.

O Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Paraná (Sinqfarma) disse que está acompanhando os problemas que estão ocorrendo.

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