O Centro de Reabilitação do Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba, está com agendamentos abertos e sem fila de espera para pacientes que passaram por amputações e precisam reaprender os movimentos. O Centro tem capacidade de realizar 4,8 mil atendimentos neste primeiro semestre e o tratamento é ofertado gratuitamente.
De acordo com a instituição, o tratamento é destinado para pessoas que já colocaram prótese, que ainda irão colocar ou que não têm necessidade do aparelho. É importante ressaltar que o centro não afere a prótese, apenas auxilia na reabilitação do amputado.
“Temos pacientes com amputações ligadas a doenças vasculares, como diabetes, e acidentados em motocicletas, a segunda maior causa. Também atuamos na orientação e reabilitação de pacientes da oncologia, pois alguns casos de mastectomia (remoção da mama) podem gerar sequelas de movimentação no braço. Cada caso é avaliado individualmente, para a definição das sessões e dos profissionais necessários”, explica o médico ortopedista Ivan Kuhn.
Ambiente doméstico simulado
O Centro de Reabilitação tem profissionais especializados em ortopedia, fisioterapia, terapia ocupacional, enfermagem e assistência social. A estrutura física para receber e tratar os pacientes inclui um ambiente doméstico que imita a cozinha e o banheiro de uma residência, com direito a mobiliário com fogão, geladeira, chuveiro, pia e vaso sanitário. Os pacientes aprendem a reconhecer e a prevenir os riscos de acidentes domésticos, além de se adaptar nesses espaços à sua nova condição.
O taxista Edson Luiz Coradin, de 60 anos, passou por uma amputação transfemural (acima do joelho) da perna esquerda, causada por uma trombose, que o impedia de voltar a dirigir mesmo com prótese.
“Fui um dos primeiros pacientes. A amputação era recente, o que ajudou bastante na recuperação e na parte do equilíbrio. Hoje não sinto mais dor e já consigo trabalhar normalmente”, conta o morador de Colombo.
Para Matheus Maruan Rocha, de 20 anos, que perdeu os dedos da mão direita num acidente de trabalho, começar as sessões o quanto antes foi fundamental para seu tratamento.
“Fiquei três semanas de cama e precisava de terapia ocupacional, pois não conseguia levantar e caminhar. Comecei os atendimentos em 11 de janeiro. A terapia ocupacional me ajuda a recuperar o lado sensorial da mão, e a fisioterapia auxilia na força muscular. Hoje já estou muito melhor, faço mais movimentos, meu polegar está mexendo bem, não sinto mais dor e recuperei a sensibilidade na mão”, relata o jovem de Porto União, que espera voltar ao trabalho na metade do ano.
Critérios de triagem
Podem agendar uma avaliação gratuita pessoas que passaram por qualquer tipo de amputação, recente ou antiga, e tenham mais de 12 anos.
“Todo paciente merece ser avaliado e passar por uma orientação com nossa equipe, mesmo que esteja bem. É válido também para seus familiares e oferecemos oficinas terapêuticas. Reforçamos que o resultado é melhor quando o atendimento é precoce”.
Os interessados podem agendar consultas diretamente no Centro de Reabilitação.
SERVIÇO
Agendamento e informações: De segunda a sexta, das 9h às 17h
Atendimentos: De segunda a sexta, das 7h às 19h
Agendamento pelos telefones (41) 3513-3950 e 3513-3989 ou presencialmente no Centro (atendimento das 7h às 17h)