Um hospital de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), realiza um estudo com novo medicamento para tratar pacientes com Covid-19.
“O estudo está em fase de randomização para o tratamento de Covid-19. Trata-se de uma molécula promissora com propriedades anti-inflamatórias que atua na chamada ‘tempestade de citocinas’, que é responsável pela piora clínica e internação dos pacientes. Com a inibição destes efeitos, espera-se que seja capaz de diminuir os danos causados pelo coronavírus nos mais diversos órgãos e sistemas do organismo. É um novo medicamento anti-inflamatório já estudados em outras doenças inflamatórias”,
explica o médico Dalton Precoma, coordenador do Departamento de Ensino e Pesquisa do Hospital Angelina Caron (HAC) e chefe do Setor de Cardiologia.
O especialista destaca que o medicamento não é um antirretroviral como o Tamiflu (usado contra a gripe H1N1).
Os critérios de seleção incluem a confirmação da Covid-19, estar em uso de oxigênio e com alguma comorbidade grave associada, como diabetes, hipertensão, idosos acima de 65 anos, obesidade mórbida ou doença pulmonar crônica. “O paciente é selecionado aleatoriamente para o estudo”, conta.
O Departamento de Ensino e Pesquisa Clínica (DEP) do HAC é, até o momento, o centro que lidera no número de pacientes no estudo no Brasil, com número igual ao dos Estados Unidos, que também iniciou o estudo recentemente.
“Temos mais três estudos relacionados ao tratamento de Covid-19 em fase final de implementação, todos com moléculas novas e promissoras em fase três de testes – que é quando a droga ou medicamento já foi testado e está em aplicação clínica”, antecipa Precoma.