
Os receptores ganharam uma nova oportunidade de viver com os transplantes de coração, córnea, fígado, medula óssea, pâncreas ou rim
Salvar vidas todos os dias. Esse é o papel principal de um hospital. No Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foram feitos 207 transplantes de janeiro a maio, número que faz do hospital o que mais fez este tipo de procedimento no Paraná neste ano.
Os dados são da Central de Transplante do Paraná. Os receptores ganharam uma nova oportunidade de viver com os transplantes de coração, córnea, fígado, medula óssea, pâncreas ou rim.
Para o médico responsável pela Central, João Nicoluzzi, esse desempenho é um alento contra a desinformação, o preconceito e alguns temores que envolvem a doação de órgãos, mas pode melhorar. “A doação de órgãos ainda é um assunto tabu presente na sociedade. Mesmo com o acesso à informação e o constante esforço para se desmistificar a doação. Os números podem melhorar ainda mais, precisamos sensibilizar permanentemente a população para a necessidade da doação de órgãos e tecidos e mostrar quantas vidas podem mudar”, explica.
A quantidade de transplantados pelo Angelina Caron representa 18% dos procedimentos realizados em todo o Estado em 2017. “Para comparativo, em 2016 foram feitos 300 procedimentos, sendo o hospital que mais realizou transplantes no Estado”, menciona Nicoluzzi.
Quer ser doador? Então veja o que você precisa fazer:
- Para se assumir doador, não é preciso nenhum registro por escrito;
- Um único doador salva em média de 8 a 10 pessoas, com o transplante de córneas, coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, pele, ossos e válvulas cardíacas;
- Não existe nenhuma despesa de operação. O SUS se responsabiliza por todos os gastos;
- Idade e histórico médico não importam. Todas as pessoas são doadoras potenciais. O fator determinante é a condição médica;
- Até mesmo as religiões contrárias à transfusão de sangue, como testemunhas de Jeová, são favoráveis à doação de órgãos e tecidos.
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