Curitiba - O Hospital Cruz Vermelha, em Curitiba, realizou a maior cirurgia robótica à distância no mundo, certificada pelo Guiness Book. A operação de hérnia inguinal durou cerca de uma hora. Mais de 13 mil quilômetros separaram o paciente, no centro cirúrgico do hospital, do cirurgião brasileiro que operou o robô direto do Kuwait, país do Oriente Médio.

Durante o procedimento, os braços do robô executaram movimentos orientados pelo cirurgião, que atuou sentado em um console conectado ao equipamento. Esse sistema dispensa a presença física do médico no centro cirúrgico, permitindo que ele opere de qualquer lugar do planeta, desde que ele tenha acesso a um console conectado ao robô.
A cirurgia foi acompanhada por técnicos e uma equipe médica, com comunicação em tempo real. Segundo a Ric RECORD, o paciente está bem.
Hospital paranaense bate recorde com cirurgia à distância: procedimento havia sido testado com suíno
Para ser realizada, a cirurgia já havia sido testada no mês passado, com a retirada da vesícula de um suíno de Cascavel, no Oeste do Paraná, comandada por um cirurgião que estavam em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, a cerca de 500 km de distância.
Para tornar a experiência possível, diferentes tecnologias foram integradas, incluindo cabeamento de fibra óptica de última geração. O projeto contou com um consórcio formado por três empresas, incluindo a Ligga, do Paraná.
Cirurgia à distância que bateu recorde pode ampliar o acesso a procedimentos em regiões remotas
A operação recebeu todas as autorizações para ser realizada em caráter experimental no hospital em Curitiba. A expectativa é que, no futuro, a tecnologia permita a democratização do atendimento.
“Quando eu consigo fazer uma cirurgia à distância, entendo que posso operar o meu doente em um local muito distante, que não tenha condições locais para uma equipe cirúrgica. Eu posso levar o equipamento e ter um cirurgião de grande expertise fazendo a cirurgia daquele paciente. Isso é o futuro”, afirmou o dr. Marcelo Loureiro, cirurgião coordenador.
O diretor do hospital, Jerônimo Fortunato, ressaltou os benefícios que este procedimento traz aos pacientes que vivem em lugares remotos.
“Que a gente consiga ajudar a salvar a vida das pessoas, pessoas que estão em lugares muito distantes e têm uma doença que só pode ser tratada em um grande centro. Ela talvez não precise se deslocar mais ou ficar longe da família, podendo ser tratada na sua cidade, desde que haja tecnologia para isso”, disse.
*Com supervisão de Jonathas Bertaze.
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