Ao menos duas pessoas morreram e outras nove foram diagnosticadas com intoxicação após a ingestão de bebida alcóolica adulterada por metanol, em São Paulo, num período de 25 dias. Na última sexta-feira (26), a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad/MJSP) recebeu, por meio do Sistema de Alerta Rápido (SAR), uma notificação que reporta os casos de intoxicação.

Um homem de 54 anos e outro, de 38 anos, morreram em São Bernardo do Campo. O metanol, líquido incolor e altamente inflamável, é utilizado como solvente industrial e na produção de combustíveis, plásticos e tintas, mas sua ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode ser letal.
Além das mortes, as intoxicações recentes no estado provocaram sintomas graves, como cegueira e coma. De acordo com o Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) de Campinas, o número é considerado “fora do padrão para o curto período de tempo”, reforçando o alerta sobre os riscos do consumo de bebidas adulteradas ou contaminadas.
A ingestão aconteceu em alguns bares paulistas, e com diferentes tipos de bebida, como gin, whisky, vodka, entre outros. A ingestão acidental ou intencional de metanol leva a intoxicações graves e potencialmente fatais.
No último sábado (27), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) emitiu orientações urgentes para consumidores e estabelecimentos comerciais. O órgão alertou que os comerciantes devem comprar bebidas apenas de fornecedores formais, com CNPJ ativo, e ficar atentos a sinais de alerta, como preços muito abaixo do mercado, lacres violados, rótulos adulterados ou odor suspeito.
O objetivo das recomendações é reduzir os riscos de intoxicação por metanol e proteger a população de bebidas irregulares, garantindo maior segurança na comercialização e no consumo de produtos alcoólicos.
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