Você já teve a sensação de estar sonhando e, ao mesmo tempo, saber que aquilo não era real? Ou, ainda, já conseguiu mudar o rumo do sonho enquanto ele acontecia? Se a resposta for sim, talvez você tenha vivenciado um sonho lúcido, fenômeno intrigante que fascina psicólogos, cientistas e curiosos ao redor do mundo.

O que é um sonho lúcido?
O termo “sonho lúcido” foi popularizado pelo psiquiatra holandês Frederik van Eeden em 1913. Ele se referia a sonhos nos quais o indivíduo reconhece que está sonhando e, em muitos casos, consegue interagir conscientemente com o conteúdo.
Em outras palavras, a pessoa continua dormindo, mas sua mente adquire um nível de consciência suficiente para perceber que tudo aquilo é uma criação do cérebro. Com essa consciência, alguns conseguem até tomar decisões dentro do sonho, como voar, visitar lugares imaginários ou conversar com personagens criados pela mente.
O que a psicologia diz
De acordo com a psicologia, o sonho lúcido é um estado híbrido entre o sono REM e a consciência desperta. Nessa fase, o cérebro apresenta atividade intensa, muito parecida com a de quando estamos acordados. No entanto, o corpo permanece relaxado e imóvel, como é típico do sono profundo.

Segundo o psicólogo João Gabriel Simões, há algumas diferenças entre o sonho normal e o sonho lúcido.
Sonho normal:
- Sem consciência;
- Postura passiva;
- Experiência mais fragmentada;
- Menos rememoração.
Sonho lúcido:
- Com consciência;
- Postura ativa;
- Experiência mais contínua;
- Mais rememoração.
Benefícios e riscos dos sonhos lúcidos
Embora pareça algo apenas lúdico, eles podem ter aplicações terapêuticas. Alguns estudos sugerem que eles ajudam a tratar pesadelos recorrentes, melhoram a criatividade e até promovem o autoconhecimento.

Contudo, especialistas alertam que o excesso de tentativas de indução, especialmente sem orientação, pode atrapalhar a qualidade do sono. Por isso, é importante buscar equilíbrio e, em caso de distúrbios do sono, consultar um profissional.
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