Os lojistas do aeroporto em Londrina, administrado pela Infraero, paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (6) com o objetivo de informar a crise pela qual estão enfrentando com a pandemia do coronavírus.
Segundo a carta aberta, a redução de passageiros no período entre abril e agosto foi de 93% neste ano, em comparação com o ano passado.
Com essa crise, os lojistas apontam que aeroportos privatizados adotaram medidas como isenção de mensalidades e shoppings isentaram em quatro meses o aluguel. Enquanto isso, a Infraero reduziu apenas 50% dos aluguéis durante esses meses, o que gerou uma crise nos concessionários em Londrina.
Confira a carta aberta na íntegra:
Os lojistas do Aeroporto de Londrina informam que vão paralisar as atividades nesta terça-feira (6), das 8h às 13 h. O motivo do protesto é informar os passageiros, autoridades e população de Londrina e região sobre a GRAVE CRISE pela qual passam os concessionários do aeroporto de Londrina, administrado pela INFRAERO.
Em função da pandemia do Covid-19 a redução de passageiros no aeroporto de Londrina foi de 93% no período de abril a agosto deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.
A crise na aviação, amplamente reconhecida pelo Governo, não gerou na Infraero a atitude necessária para preservar o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias e a manutenção dos empregos. A Infraero desrespeitou os contratos, que preveem revisão dos preços em casos de força maior, e de forma unilateral adotou medidas de redução nos aluguéis, na faixa de 50%, e diferimento dos pagamentos para setembro.
Enquanto aeroportos privatizados adotaram medidas como isenção de mensalidades e shoppings isentaram em quatro meses o aluguel de lojistas, a Infraero insiste na redução de apenas 50%, enquanto o número de passageiros despencou 93%.
Neste período mais agudo da crise, com todas as restrições ao trabalho, os lojistas continuaram a atender e a servir os passageiros, acompanhantes e tripulantes, apesar de todo PREJUIZO operacional.
Os lojistas desejam continuar a trabalhar e servir passageiros e população, mas em condições JUSTAS. Fizemos diversas propostas de pagamentos com base na movimentação de passageiros, mas a Estatal mantém uma proposta única e a posição de “Dividir os Prejuízos” com os concessionários. Trata-se, na opinião dos lojistas, de uma posição absurda e corporativista uma vez que a Infraero, ao longo dos anos, bem antes da Pandemia, já apresentava recorrentes prejuízos que nós, contribuintes, já tivemos que bancar. Tanto é assim que Governo Federal decidiu privatizar dezenas de aeroportos por ela administrados.
Em conjunto, os lojistas pedem o apoio da sociedade, políticos e autoridades para resultar em acordo justo com a Infraero, evitando a interrupção permanente dos serviços prestados.
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