Pensando em melhorar a qualidade das mulheres que sofrem com doenças uterinas, dores crônicas e sangramentos intensos, a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, deu início à implantação do Dispositivo Intra-Uterino (DIU) medicamentoso.
A primeira paciente a receber o DIU hormonal gratuitamente pela rede municipal de saúde de Londrina foi Sirlei Narciso, de 43 anos. Mãe de sete filhos, ela conta que durante anos sofreu com as cólicas uterinas e sangramentos em excesso, o que aumentou com o nascimento de sua última filha, há 3 anos. O tratamento que ela vinha utilizando era através de injeções, aguardando por uma cirurgia.

A partir de hoje, isso não será mais necessário, pois o DIU medicamentoso -inserido como terapêutica complementar ao novo protocolo de tratamento- a ajudará a controlar esses sintomas e a tratar a doença. “Depois que tive minha última filha, tive muito sangramento, tipo hemorragia. Tenho que usar injeção de três em três meses e mesmo assim ainda tenho sangramento. Sabia que eu precisava fazer uma cirurgia, mas vim no médico e ele falou do DIU e, pra mim, vai ser bem melhor do que fazer cirurgia”, disse a primeira paciente a testar a nova terapêutica na rede pública.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, são poucas cidades no Paraná e no Brasil que adotaram, na rede pública municipal, esse método de tratamento para as doenças uterinas, evitando as cirurgias ginecológicas.
“Nosso objetivo é dar mais segurança, mais qualidade de vida às mulheres que têm sangramentos intensos, evitando que seja necessária a cirurgia ginecológica, que é um método muito mais invasivo e que traz riscos. Por isso, implantamos esse protocolo”, explicou Machado.
Como funciona o DIU?
O DIU medicamentoso reduz a demanda por histerectomia, que são as cirurgias de remoção de útero e, por consequência, a ocorrência de complicações ou comorbidades provocadas pelo procedimento cirúrgico. Isso porque, ele contém hormônio chamado de levonorgestrel, que é um tipo de progesterona. Ao liberar essa substância aos poucos dentro do útero e, em menor quantidade do que outros métodos contraceptivos, ajuda a reduzir os possíveis efeitos colaterais.
Isso o coloca como uma opção segura e rápida, que ajuda a reduzir as dores e os sangramentos excessivos, que muitas pacientes sofrem durante a vida. Além disso, passa a ser uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Serviço
O procedimento é feito por médico ginecologista e obstetra na Policlínica. Ela funciona na Rua Brasil, 1.032, de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas. Porém, em um primeiro momento, as pacientes são examinadas pelas equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, posteriormente, constatada a necessidade, elas são encaminhadas ao atendimento especializado da Policlínica.
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