Paraná - No Paraná, neste ano, já foram registrados mais de cinco mil casos de picadas de escorpião, com três mortes confirmadas, duas em Cambará e uma em Jacarezinho, o que tem gerado preocupação entre a população e as autoridades de saúde. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apenas na 19ª Regional de Saúde foram contabilizados 423 acidentes, sendo 115 deles em Cambará. Em 2024, o estado registrou 6.534 casos de picadas por escorpião, sem ocorrência de óbitos. Já em 2025, o número parcial de acidentes chega a 5.171.

Quais são os sintomas da picada?
A picada de um escorpião causa dor imediata e intensa, que pode irradiar para o membro afetado e vir acompanhada de vermelhidão, suor, adormecimento e, em casos mais graves, suor excessivo, agitação, tremores, náuseas, vômitos e salivação excessiva.
Dicas para prevenir picada de escorpião
No Paraná, a espécie de escorpião mais comum é o Tityus serrulatus, conhecido popularmente como escorpião-amarelo. Embora seja altamente adaptável, esse animal prefere ambientes quentes e úmidos, abrigando-se sob madeiras velhas, pilhas de lenha, telhas, tijolos, restos de construção e entulhos, além de se esconder em frestas de calçadas, muros e paredes. O acúmulo de lixo e restos de alimentos também favorece sua presença, pois atrai insetos, especialmente baratas, que servem de alimento para o escorpião.
Para reduzir o risco de acidentes, a Sesa reforça um conjunto de medidas preventivas, que devem ser adotadas em residências, áreas externas e locais com maior risco de infestação:
• Manter a casa, quintal e terrenos limpos, evitando acúmulo de entulhos, restos de materiais de construção e objetos desnecessários.
• Tampar ralos, caixas de gordura, frestas nas paredes e rodapés, e utilizar telas em aberturas e grelhas nos ralos.
• Afastar camas, sofás e berços das paredes e evitar que roupas de cama, cortinas ou mosquiteiros encostem no chão.
• Examinar roupas, calçados, toalhas e lençóis antes de usá-los, principalmente se estiverem guardados no chão ou em locais pouco utilizados.
• Utilizar luvas e calçados em atividades de jardinagem ou em áreas de risco.
• Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e forros.
• Instalar vedantes ou sacos de areia nas portas e janelas.
• Não usar inseticidas domésticos, pois não são eficazes contra escorpiões e podem dispersá-los.
• Eliminar fontes de alimento para os escorpiões, como baratas, mantendo o ambiente limpo e o lixo bem acondicionado.
Onde buscar ajuda?
O Paraná possui atualmente 225 serviços de saúde que são referência para aplicação de soros, distribuídos nas 22 Regionais de Saúde do Estado.
Para casos graves, o tratamento com soro antiescorpiônico é a única forma eficaz de combater o veneno e deve ser iniciado o mais rápido possível após a picada, quando indicado. As Regionais atuam com plantões permanentes para apoio e disponibilização de insumos em todos os casos de acidentes.
Para tirar dúvidas sobre acidentes causados por animais peçonhentos e intoxicações, a população pode ligar no Centro de Informações e Assistência Toxicológica do Paraná (CIATox) no telefone 08000 410 148. Há ainda, outras três unidades do CIATox, são elas: CIATox Londrina (43) 3371-2244, CIATox Maringá (44) 3011-9127 e CIATox Cascavel (45) 3321-5261.
Caso mais recente: menino de 12 anos morreu após picada de escorpião-amarelo
Um menino de 12 anos morreu após ser picado por um escorpião-amarelo no município de Cambará, no norte pioneiro do Paraná, na última segunda-feira (13). A criança chegou a receber o soro antiescorpiônico, mas não resistiu.
O menino, identificado como Thaygo Henrique, deu entrada no Pronto Socorro Municipal de Cambará por volta das 18h06 de sábado (12), após ser picado pelo animal. Segundo nota da Secretaria Municipal de Saúde, ele foi avaliado pela equipe médica, que acionou o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) para orientação sobre o tratamento inicial e administração de medicamentos sintomáticos.
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