Um médico foi diagnosticado com coronavírus duas vezes em menos de dois meses em Ramat Gan, em Israel.
De acordo com o Daily Mail, o médico testou positivo pela primeira vez em abril, e dois outros exames confirmaram sua recuperação após o período de quarentena.
Reinfecção: médico é diagnosticado com coronavírus duas vezes; entenda o que diz a ciência
Entretanto, em julho o médico entrou em contato com um paciente infectado, e testou novamente positivo para o coronavírus.
Conforme especialistas, o caso é uma reinfecção da covid-19, e levanta questões sobre a imunidade que as pessoa desenvolvem após pegar a doença.
Além dos casos de reinfecção de coronavírus, também há sinais de que as pessoas podem ficar doentes por um período que ultrapassa 15 dias, já que o vírus tem poder para circular no corpo durante meses.
De acordo com Gabriel Izbicki, do Centro Médico Shaare Zedek, é assustador quanto tempo as pessoas podem sofrer com a doença.
“Mais da metade dos pacientes, semanas após o teste negativo, ainda são sintomáticos”.
Segundo médicos que estudam os casos de reinfecção por coronavírus, é possível que pacientes que testam mais de uma vez pra doença nunca tenham se recuperado do vírus.
Conforme a médica Nicole Duggan, que liderou uma pesquisa nos Estados Unidos, muitos vírus demonstram presença prolongada de material genético em um hospedeiro, mesmo após a eliminação do vírus vivo e a resolução de sintomas.
Dessa maneira, a detecção de material genético apenas por teste de zaragatoa não se correlaciona necessariamente com a infecção ou infecciosidade ativa.
“Os dados observacionais sugerem que o derramamento viral de SARS-CoV-2 pode durar 20-22 dias após o início dos sintomas, em média, com alguns casos extremos exibindo derramamento por até 44 dias”.
Sendo ainda muito recente, os cientistas não tiveram a oportunidade de descobrir como o coronavírus afeta as pessoas a longo prazo.
Conforme um estudo realizado pela Universidade de Amsterdã, o coronavírus pode agir da mesma maneira que outros coronavírus que causam resfriados comuns e outras infecções.
Por fim, até o momento não é possível afirmar com precisão se um indivíduo pode de fato pegar o coronavírus mais de uma vez.