Um médico de Clevelândia, no sudoeste do estado do Paraná, foi desligado após compartilhar em suas redes sociais uma reportagem de nível nacional sobre a coação e demissão de médicos que se recusavam a prescrever o chamado “tratamento precoce” para pacientes com coronavírus.
Em seu post, o médico Leonardo Lucion marcou a conta oficial da Prefeitura Municipal de Clevelândia, que logo entrou em contato com a empresa terceirizada responsável pelos serviço do médico, dizendo que se sentiu ofendida e sugerindo que a publicação fosse apagada.

Diante de sua recusa, segundo o médico, dias após a polêmica, a Secretaria de Saúde da cidade solicitou a rescisão de seu contrato com a Prefeitura.
Após uma única reunião com a Secretária, o médico que foi o primeiro profissional da saúde do município a tomar vacina contra a covid-19, foi desligado de suas funções e transferido para a cidade de Novo Itacolomi, localizada a 70 quilômetros de Maringá.
Acreditando que a partir deste caso sua carreira seria seriamente afetada na empresa, Lucion pediu sua rescisão amigavelmente.
Segundo a assessoria jurídica da prefeitura de Clevelândia, o motivo do remanejamento nada teve a ver com o post, mas sim pelo fato de Lucion ser um profissional terceirizado que precisava passar pela mudança.
Apesar da assessoria afirmar que a decisão não teve nenhuma influência externa, a empresa pela qual Leonardo Lucion prestava seus serviços passa no momento por um processo administrativo devido o posicionamento do médico.
