Curitiba - O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Curitiba neste sábado (19) para participar da inauguração da maior biofábrica do mundo de Wolbachia para controle da dengue e outras arboviroses como zika e chikungunya. A unidade, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, utiliza uma nova tecnologia para combater à dengue.

Ministro da saúde em um palanque
Ministro da Saúde esteve em Curitiba para a inauguração da biofábrica (Foto: Hedeson Alves/TECPAR)

Conforme Padilha, nesta tecnologia desenvolvido na Austrália, o Método Wolbachia consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que ao se reproduzirem com a população local, formam uma nova geração de mosquitos com a mesma bactéria.

“Essa é a maior fábrica do mundo desse tipo de mosquito, que é o Aedes Aegypti infectado com a bactéria Wolbachia, não existe nenhum lugar no mundo que produza a quantidade de mosquitos que vamos produzir aqui, com nossa tecnologia”, comentou Padilha.

Neste primeiro momento, a nova biofábrica vai atender exclusivamente ao Ministério da Saúde, beneficiando principalmente os municípios com altos índices de dengue, zika e chikungunya. A meta é alcançar 18 estados até o final do ano.

“Este é um sonho que começou em 2012, quando eu era Ministro da Saúde da outra vez, quando fizemos um acordo com o programa mundial de combate ao mosquito. Em 2014, a Fiocruz começou os testes em Niterói, e os resultados são muito positivos, mais de 60% de redução de transmissão da dengue”, destacou Padilha.

Nova fábrica para aumentar o controle da dengue no Brasil
Biofábrica de combate a dengue é inaugurada em Curitiba (Foto: Hedeson Alves/TECPAR)

Segundo o Ministério da Saúde, o alcance, que antes era de cerca de 5 milhões de pessoas, deve saltar para 140 milhões, em aproximadamente 40 municípios. Até agora, 11 cidades brasileiras já contam com o método, e outros cinco municípios estão em fase de implementação.

O diretor-geral da Secretaria Estadual da Saúde do Paraná, Cesar Neves, reforçou a importância do combate a dengue. “Isso é mais uma arma, mais uma ferramenta, assim como a própria vacina que está prevista para o ano que vem, com o Instituto Butantan produzindo um número muito maior de doses”, finalizou.

A fábrica é resultado de uma parceria entre a Fiocruz, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program (WMP).

*Com informações da repórter Thaís Camargo, da RICtv

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

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