Nomeada como Clado 1b, a variante da Mpox nunca circulada no Brasil tem sido responsável por um surto de casos na República Democrática do Congo (RDC). A preocupação de uma nova epidemia deve-se à sua letalidade, que é de aproximadamente 10%. Ou seja, 10 vezes mais grave que a variante que provocou um surto mundial em 2022.

Ilustração de vírus nas cores azul e roxo.
O vírus do Mpox provoca erupções na pele (Foto: reprodução /Freepik)

A primeira infecção registrada no país foi confirmada na última sexta-feira (7). Trata-se de uma mulher de 29 anos que reside na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, o estado da paciente é estável e com possível alta para a próxima semana.

A declaração também afirma que a transmissão foi após uma visita familiar recente. A mulher teria recebido familiares que moram na República do Congo.

Cepas da Mpox

Origem

A doença tem sua originalidade da mesma família da varíola, erradicada em 1980. Entre as cepas conhecidas, uma é associada à África Central na região do Congo (que era chamada de Clado do Congo) e outra à África Ocidental na região da Nigéria (chamada de Clado da Nigéria).

Variantes & nomenclaturas

No final de 2022, a nomenclatura da enfermidade também foi substituída, de “varíola dos macacos” para mpox. A cepa A 2, que é mais grave, foi culpada pela propagação global no mesmo ano e teve seu nome trocado, agora chamada de 2b e com uma disseminação por relações sexuais. A OMS também decretou ESPII, tendo o Brasil como um dos países mais abalados, já que foi o primeiro a relatar mortes fora da África.

Especialistas detectaram uma nova variante do vírus da mpox, em setembro de 2023, uma variante do Clado 1, que é mais branda, com estimativas que chegam a 10% de letalidade. A cepa também constituiu a capacidade de ser transmitida sexualmente, recebendo o nome de 1b.

Países que já receberam a nova cepa da mpox

Segundo o relatório da OMS, a Clado 1b já tem transmissão comunitária na República do Congo. Os casos alarmantes também foram registrados em Burundi, Quênia, Ruanda, Uganda e Zâmbia; confira os demais países.

  • Brasil;
  • Reino Unido;
  • Alemanha;
  • Tailândia;
  • Bélgica;
  • Estados Unidos;
  • Canadá;
  • França;
  • Índia;
  • Omã;
  • Paquistão;
  • Suécia;
  • Emirados Árabes Unidos.

“Casos importados de mpox ocorreram entre adultos que viajaram durante seus períodos de incubação ou apresentaram sintomas iniciais e foram diagnosticados após chegarem ao país que notificou o caso. Frequentemente, esses indivíduos relataram contato sexual prévio com uma pessoa com mpox confirmado ou com alguém que apresentava sinais e sintomas sugestivos da doença”, declarou a OMS.

Como a cepa da mpox é transmitida?

O vírus é chamado de “Mpox vírus”, do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae. Ele pode ser transmitido via contato com uma pessoa doente, com animais silvestres infectados ou com materiais contaminados.

Normalmente é transmitido por meio do contato direto com erupções e lesões na pele e com fluidos corporais, como pus e sangue da pessoa infectada, conforme o Ministério da Saúde. A transmissão pode ocorrer pelo contato com a saliva, quando houver úlceras, lesões ou feridas na boca, e em contato com objetos utilizados por uma pessoa contaminada.

Sintomas

  • Dores de cabeça e no corpo;
  • Calafrio;
  • Febre;
  • Fraqueza;
  • Linfonodos inchados (ínguas);
  • Lesões na pele.

Prevenção

A prevenção contra a infecção é baseada na distância de pessoas e objetos contaminados. Quando houver suspeita, é preciso cumprir isolamento e não compartilhar objetos e materiais de uso pessoal até o término do período de transmissão.

*Com supervisão de Guilherme Fortunato

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui.

Alana de Abreu

Estagiária de jornalismo

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.