O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu hoje nove mandados de busca e apreensão em Maringá, São José dos Pinhais e em Curitiba. A ação é realizada em apoio à Operação Falso Negativo, do Ministério Público do Distrito Federal, que apura irregularidades na compra de testes para a covid-19.
Os mandados no Paraná foram cumpridos em três empresas e nas residências de seus sócios, investigados por possíveis crimes contra a ordem econômica, lavagem de dinheiro, fraudes a licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva em contratos com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal para comercialização de testes rápidos de sangue para detecção do coronavírus.
Além do Paraná e do Distrito Federal, a Operação Falso Negativo acontece também em Goiás, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina. Segundo a Promotoria do DF, no total, são cumpridos 74 mandados de busca e apreensão na capital federal e nos sete estados.
Suspeita de superfaturamento
A suspeita é de superfaturamento na aquisição dos testes e ainda evidência de que as marcas compradas “seriam imprestáveis para a detecção eficiente do novo coronavírus ou de baixa qualidade na detecção”. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal, a soma dos contratos que estão sob investigação ultrapassam R$ 73 milhões e os mesmos foram fechados por meio de dispensa de licitação.
Governo do DF se manifesta em nota sobre Operação Falso Negativo
Em nota, o governo do DF se manifestou dizendo que “todos os testes comprados, recebidos através de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde tem o certificado da Anvisa e portanto foram testados e aprovados pelo órgão federal. Quanto aos preços, representam os valores praticados no mercado e as compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas.”