Em coletiva à imprensa no fim da tarde desta sexta-feira (10), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o quadro do do comerciante africano Souleymane Bah, de 47 anos, com suspeita de ter contraído o vírus ebola, é estável. O ministro disse que o homem, que veio da Guiné e foi atendido inicialmente numa Unidade de Pronto Atendimento de Cascavel, no oeste do Estado, não teve febre, diarreia ou vômito, que são os sintômas mais clássicos da doença.
O resultado do exame, confirmando ou descartando a contaminação pelo vírus, deve sair no fim da manhã deste sábado (11). O paciente voltou a afirmar nesta sexta-feira que não teve contato com pessoas infectadas com o vírus. O ministro reafirmou que, mesmo entre as pessoas que mantiveram contato com o paciente, o risco de transmissão é muito baixo, já que ele não apresentou vômitos nem diarreia, fluidos que podem transmitir o vírus.
Além dos dois agentes enviados ontem (9) para Cascavel, o ministério incluiu hoje mais três no grupo de coordenação do monitoramento das 64 pessoas que estiveram com o paciente. Apenas os três profissionais de saúde tiveram contato mais direto com ele.
Chioro anunciou, ainda, que o governo brasileiro enviará para os países afetados pelo vírus alimentos, dez kits com medicamentos, além de insumos para atendimento trimestral de 500 pessoas.
O Ministério da Saúde confirmou ontem a suspeita de um caso de ebola no Brasil. O homem é da Guiné, país onde 1.350 pessoas foram contaminadas e 778 já morreram com a febre hemorrágica.
O paciente procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Cascavel no fim da tarde de quinta-feira (09). Embora ele não tenha apresentado nenhum sintoma – apenas relatado ter tido um febre no dia anterior -, e tenha garantido não ter tido contato com nenhuma pessoa infectada, o Ministério da Saúde decidiu classificá-lo como caso suspeito. “As queixas não podiam ser desconsideradas. A conduta dos profissionais de Cascavel foi absolutamente correta”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro. “Consideramos caso suspeito porque ele fecha todos os elementos necessários”, completou.
Após a suspeita, ele foi encaminhado para o Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. Do começo do ano até quarta-feira (8), foram registrados 4.076 casos da doença e 2.316 mortes na Libéria. Em Serra Leoa, 2.950 pessoas foram contaminadas e 930 morreram.
Esta semana, o caso da enfermeira espanhola que cuidou de um paciente com a doença foi o primeiro contágio a ser registrado fora da África Ocidental.
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