A disseminação novo coronavírus (SARS N-CoV-2) atinge pessoas do grupo de risco, como é o caso dos pacientes com câncer, de acordo com os informes da OMS (Organização Mundial da Saúde). Com a pandemia, pesquisadores e autoridades da saúde pública trabalham com o intuito de distribuir informações, acelerar testes e adotar medidas para retardar e eventualmente paralisar a progressão do novo Coronavírus.
A taxa de mortalidade por coronavírus pode ser até nove vezes maior entre pessoas com alguma doença crônica, se comparada à mortalidade de pacientes fora do grupo de risco. Os dados são do governo chinês. De acordo com a OMS, no grupo de infectados sem comorbidade, 1,4% morreu. Por outro lado, em pacientes com doenças cardíacas o número chegou a 13,2%. A análise foi feita com base em 55.924 casos até o dia 20 de fevereiro.
O estudo também mostra que pessoas mais velhas (principalmente acima de 70 anos de idade) e pessoas com problemas de saúde subjacentes, são mais propícias ao risco de complicações graves podendo levar ao óbito. É o caso de pacientes oncológicos.
Para evitar a contaminação e as complicações, estes pacientes portanto, devem ficar atentos às instruções recomendadas para a prevenção da COVID-19. Devido ao seu estado imunossupressor sistêmico, pacientes com câncer podem ser mais suscetíveis à infecção pelo novo Coronavírus, apresentando um prognóstico ruim, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Pacientes com câncer correm mais risco com a doença
Pacientes com câncer em quimioterapia ativa e os transplantados de medula óssea, são os que correm mais riscos devido ao déficit imunológico, diz a SBOC.
Com o Coronavírus que é uma doença completamente nova para a raça humana, mesmo aqueles que já estão fora do tratamento do câncer, devem ser mais cautelosos e seguir os direcionamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), para prevenir o contágio.
O risco se estende além do período de tratamento ativo, isso porque os efeitos posteriores ao tratamento não terminam quando as pessoas finalizam o último curso de terapia ou saem com alta do hospital após a cirurgia. Os efeitos posteriores do câncer e os efeitos imunossupressores do tratamento também podem ser de longo prazo.
Cuidado deve ser redobrado
A SBOC lembra que pacientes oncológicos devem dobrar a atenção para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Veja as orientações da instituição.
Aos pacientes com câncer ou em acompanhamento:
- Não interrompa seu tratamento oncológico
- Caso haja suspeita de infecção, a consulta deve ser priorizada e o paciente, enquanto aguarda, precisa usar máscara cirúrgica e ficar em ambiente arejado
- Se estiver na fase de seguimento, contate sua equipe médica para avaliar se é seguro adiar seus retornos para um período com menor disseminação do coronavírus
- Evite contato com qualquer pessoa que tenha sintomas gripais, que esteja em investigação para possível infecção Covid-19, ou que tenha chegado do exterior (com ou sem sintomas gripais)
- Se apresentar quadros como, febre, coriza, tosse seca, falta de ar, contate seu médico
- Permaneça somente o tempo necessário em ambiente de clínicas e hospitais. Dentro do possível, evite contato físico direto, mesmo com o seu médico e a equipe de saúde
- Só leve, no máximo, um acompanhante para um centro de tratamento oncológico. Essa pessoa não pode apresentar qualquer sintoma respiratório ou febre
- Restrinja visitas hospitalares ao que for estritamente necessário.