O papa Francisco fez sua primeira aparição pública em cinco semanas, momentos antes de receber alta neste domingo (23), do hospital onde sobreviveu a um grave caso de pneumonia que por duas vezes ameaçou sua vida. De cadeira de rodas, o líder da Igreja Católica fez uma breve saudação para os fiéis durante a oração dominical do Angelus, por volta das 8 horas da manhã (horário de Brasília).

Os fiéis aclamaram o retorno com gritos de “viva o papa” e, em mensagem lida para todos, o pontífice agradeceu as orações por sua recuperação.
Ele deu sua bênção do 5º andar do Hospital Gemelli, em Roma, capital da Itália. Ele não preside a oração do Angelus desde 9 de fevereiro.
Quadro de saúde ainda exige cuidados
Após se despedir da equipe do centro médico, ele então retornou ao Vaticano para começar pelo menos dois meses de descanso, reabilitação e convalescença, durante os quais os médicos disseram que ele deveria evitar encontros em grandes grupos ou esforçar-se demais.
Contudo, o médico pessoal de Francisco, o doutor Luigi Carbone, disse no sábado que o papa eventualmente deveria poder retomar todas as suas atividades normais desde que mantenha o progresso lento e constante que tem apresentado até agora.

Seu retorno para casa, após a hospitalização mais longa de seu papado de 12 anos e a segunda mais longa na história papal recente, trouxe alívio tangível ao Vaticano e aos fiéis católicos que têm acompanhado com nervosismo os 38 dias de altos e baixos médicos e se perguntando se Francisco se recuperaria.
Rotina agora inclui remédio e fisioterapia
Nenhum arranjo especial foi feito na Domus Santa Marta, o hotel do Vaticano ao lado da basílica de São Pedro onde Francisco vive em uma suíte de dois quartos no segundo andar. Francisco terá acesso a oxigênio suplementar e cuidados médicos 24 horas por dia conforme necessário, embora Carbone tenha dito que espera que Francisco progressivamente precise de menos assistência respiratória à medida que seus pulmões se recuperem.
Embora a infecção por pneumonia tenha sido tratada com sucesso, Francisco continuará tomando medicação oral por um bom tempo para tratar a infecção fúngica em seus pulmões e continuará sua fisioterapia respiratória e física.
“Por três ou quatro dias ele tem perguntado quando pode ir para casa. Então ele está muito feliz”, disse Carbone.
Papa passou mais de um mês internado
O papa internou-se na Policlínica Agostino Gemilli, então com um quadro de bronquite, para realizar exames e dar continuidade ao tratamento, no dia 14 de março.
No entanto, três dias após a internação, os médicos atualizaram o quadro de saúde do papa, que sofria de uma infecção polimicrobiana, que afetou seus dois pulmões. Dias depois, então, os médicos confirmaram que ele estava com pneumonia.

Ao longo do internamento, Francisco teve ao menos dois quadros de insuficiência respiratória aguda. Que ocorreram quando a equipe médica retirou “grandes quantidades” de muco acumulado de seus pulmões.
Por várias vezes o papa precisou de oxigênio suplementar, até se recuperar deforma mais efetiva ao longo da última semana.
Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui