Desde dezembro de 2015 foram notificados 10 casos suspeitos de microcefalia em sete cidades do Paraná. Um ainda permanece sob análise

O Paraná descartou, na terça-feira (2),  um caso suspeito de microcefalia relacionado ao zika vírus que estava em investigação no Estado. A análise foi conduzida pelo Grupo Técnico de Microcefalia da Secretaria Estadual da Saúde, criado em dezembro e que tem a função de analisar todos os casos notificados. Na semana passada, o grupo já havia descartado que outros oito registros da malformação em bebês teriam relação com a infecção pelo zika vírus. 

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Desde dezembro de 2015 foram notificados 10 casos suspeitos de microcefalia em sete cidades do Paraná. Oito casos foram descartados por não se enquadrarem nos critérios de microcefalia estabelecidos pelo Ministério da Saúde. 

Para os outros dois outros casos, eram aguardadas as análises de exames finais das amostras coletadas das mães e bebês. Em uma das ocorrências, os resultados foram negativos para a presença do zika vírus, o que motivou o descarte. A secretaria ainda aguarda a checagem dos exames feitos no tecido placentário do caso que permanece em investigação. 

“O trabalho do GT continua e conforme foram registradas novas notificações serão feitas as investigações. Além de microcefalia causada por zika vírus, também são analisadas outras causas de malformações por doenças como toxoplasmose, sífilis e rubéola”, destaca Marion. 

Boletim

No informe técnico divulgado nesta terça-feira (2), o Paraná apresenta 3.444 casos confirmados de dengue. Comparado ao boletim da última semana, houve um aumento de 28% de casos no Estado. Apesar desse aumento, o número de municípios em epidemia se manteve em 11. 

Foz do Iguaçu apresentou o maior aumento no número de casos autóctones, ou seja, contraídos dentro do próprio município. Em uma semana, Foz passou de 385 casos de dengue para 562. O aumento significativo fez com que a cidade decretasse situação de urgência.