Paraná deve receber mais de 188 mil doses de Coronavac para segunda aplicação

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (18), no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, falou sobre a vacinação contra a covid-19 no Paraná. Nesta semana, está prevista a entrega de 742.910 doses de vacinas para as 22 Regionais de Saúde, que começaram a chegar hoje.

Conforme o secretário, o destaque da chegada das novas remessas de imunizantes é para as vacinas do laboratório do Instituto Butantan, que serão usadas na aplicação da segunda dose de paranaenses que receberam a primeira dose com Coronavac.

“São 188.800 doses de reposição da Coronavac, vão para a D2 [segunda dose] nos municípios. É um esforço para quem usou na D1 [primeira dose] e também para complementar os trabalhadores de saúde de todo o Estado do Paraná. Este é um trabalho que nós fizemos, três ou quatro idas para Brasília, o governador Ratinho Júnior falou disso com o ministro […] e conseguimos então receber esse complemento para a D2”. 

Explicou o secretário.

De acordo com Beto Preto, a expectativa é de que a população com comorbidades, que está sendo vacinada nesta fase de imunização, só termine de ser vacinada no final de junho deste ano. Além disso, o secretário mencionou que o Governo analisa o fechamento da fronteira com a Argentina em razão da nova variante que está circulando pelo país, mas que a situação ainda está sendo monitorada.

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O secretário também falou sobre o novo decreto estadual divulgado na segunda-feira (17), que restringe a circulação de pessoas e de venda e consumo de bebida alcóolica em espaços de uso público ou coletivo é estendida em uma hora, passando a vigorar das 22h às 5h do dia seguinte.

Ainda, os comércios e atividades não essenciais foram proibidos de funcionar aos domingos. “Muito mais do que o decreto, eu queria chamar a atenção da população, para quem puder, não sair de casa”, pediu Beto Preto. Ele alertou que, agora, estão sendo internadas pessoas mais jovens, que ainda não foram vacinadas, na faixa dos 30 e 35 anos.

Beto Preto também falou sobre a chegada da marca de 25 mil mortos no Paraná e lembrou que, mais do que números, se tratam de pessoas e famílias que foram atingidas pela doença. O secretário afirmou que esteve em reunião com o prefeito de Guarapuava por videoconferência e está monitorando a situação crítica da cidade, mas que outros municípios que também estão com um alto número de casos podem decretar lockdown nos próximos dias.

Associação dos Municípios do Paraná

Também nesta terça-feira (18), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apresentou a situação epidemiológica da Covid-19 no Estado em reunião com a Associação dos Municípios do Paraná e as 19 associações microrregionais dos municípios.

“Este diálogo é muito importante para que possamos alinhar as expectativas e também reiterar os critérios que embasam as decisões do Governo do Estado quanto às medidas mais restritivas”.

afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

O diretor de Gestão em Saúde da Sesa, Vinícius Filipak, mostrou a situação da rede hospitalar no enfrentamento à pandemia, a taxa de ocupação dos leitos exclusivos Covid e o crescente número de pacientes aguardando transferência por leitos.

“Com o aumento de casos confirmados, a procura por internação também cresce e consequentemente a fila de espera por leitos exclusivos. Mesmo com constantes ampliações na rede hospitalar do Estado, neste momento estamos passando de 95% de ocupação dos leitos de UTI”, explicou o diretor.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria, Acácia Nasr, também avaliou o índice de transmissão da doença, além do aumento no número de casos confirmados diariamente no Paraná.

A reunião contou com a participação do chefe da Casa Civil, Guto Silva, que ressaltou a importância da conversa entre Estado e municípios. “Devemos sempre falar a mesma língua. O Estado apoia as ações dos municípios e espera que com medidas mais restritivas a população redobre os cuidados para que ações mais duras não precisem ser tomadas”, disse.