Só na cidade de Colorado, na região norte do Paraná, são oito mulheres grávidas que já apresentaram a doença

Conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa-PR), divulgado às 16h40 desta terça-feira (23), o Estado já registrou 11 gestantes com zika vírus. Oito grávidas tiveram a doença em Colorado, uma em Foz do Iguaçu, uma em Rancho Alegre e uma em Santa Helena. No total, o Paraná já tem 84 casos de zika registrados desde agosto de 2015, sendo 32 casos autóctones, 38 importados e 14 em investigação para determinar a origem.

Segundo a Sesa-PR, um bebê recém-nascido, filho de uma paciente de Colorado que teve zika durante a gestação, também está sendo acompanhado pelas equipes de saúde.

O Ministério da Saúde já confirmou a relação do vírus da zika com o aumento no número de casos de microcefalia em bebês no País. A microcefalia é uma má formação neurológica que pode causar sequelas graves nas crianças.

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A assessora da Rede Mãe Paranaense, Débora Bilovus, explica que assim que confirmada a presença do zika vírus na gestante, a gravidez já é classificada como alto risco e a gestante tem à disposição acompanhamento especializado pela Rede.

De acordo com Débora, o Paraná está preparado para dar assistência adequada a gestantes com diagnóstico de zika. “A gestante será encaminhada para receber atenção especial nos Centros Mãe Paranaense e nos ambulatórios dos hospitais de referência”, completou.

Dengue

De acordo com o boletim mais recente, o número de casos de dengue no Paraná cresceu 33% em comparação com o boletim da semana passada, passado de 5.541 para 7.360 casos da doença em todo o Estado.

O número de mortes por dengue no Paraná também subiu. No total já foram 11 vítimas fatais da doença só em 2016. Nove pessoas morreram em Paranaguá, uma em Curitiba e uma em Foz do Iguaçu. A Secretaria estadual da Saúde ainda investiga outros 11 óbitos por suspeita no Estado: nove em Paranaguá, um em Sarandi e um em Cascavel.

O número de municípios em situação de epidemia também aumentou de 15 para 16. Para ter situação considerada de epidemia, o município deve registrar mais de 300 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes.

Além de Rancho Alegre, Munhoz de Mello, Paranaguá, Assaí, Santo Antônio do Paraíso, Mamborê, Cambará, Tapira, Itambaracá, Santa Isabel do Ivaí, Serranópolis do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Nova Aliança do Ivaí, Foz do Iguaçu e Guaraci, a cidade de Jataizinho, no norte pioneiro, foi incluída na lista.

Segundo a coordenadora da equipe estadual para o enfrentamento da dengue, zika e chikungunya, Cleide de Oliveira, os trabalhos de controle do mosquito estão sendo intensificados. “Com o aumento progressivo de casos, estamos intensificando cada vez mais o trabalho de monitoramento e gerenciamento das ações de combate ao Aedes aegypti”, explicou.

Chikungunya

Segundo a Sesa-PR, o Paraná já teve 14 casos de chikungunya desde o início do período epidemiológico, em agosto de 2015. Dois casos são autóctones e 12 importados. Os casos autóctones são dos municípios de Mandaguari e Rancho Alegre, ambos na região norte.