O Paraná adotou um novo método no calendário que contabiliza os dados do Informe Epidemiológico de Arbovirose nesta terça-feira (4). A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou que o período considerado agora será entre o 1º dia de janeiro até 31 de dezembro.

Antes, o estado iniciava o calendário em julho e terminava em agosto do ano seguinte, contando os casos suspeitos, confirmados e os óbitos. Porém, o cenário epidemiológico paranaense passou a registrar casos de dengue no ano inteiro. Segundo a Sesa, em média 89% dos casos notificados foram registrados em todo o primeiro semestre desde 2020.
Ao adotar a mudança no calendário epidemiológico, será possível acompanhar os ciclos vetoriais do Aedes aegypti, facilitando até mesmo na compreensão da sociedade e se alinhando ao Ministério da Saúde que já segue esse método válido do dia 1° de janeiro a 31 de dezembro.
Entre os anos de 1991 e 2011, os registros de casos eram realizados por ano/calendário completo. Em 2010 houve a mudança, seguindo o período sazonal. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o pico do aumento dos casos ocorre nos primeiros meses do ano.
“A dengue deixou de ser uma doença sazonal. É comum no ano inteiro, com picos de casos nos primeiros meses do ano. Estamos trabalhando em várias frentes e essa mudança trará mais clareza, com a colaboração de todos para que os dados sejam acompanhados e sirvam de alerta e cuidado”, explica Beto Preto.
Boletim da dengue
Com o novo calendário em vigor, a Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental publicou nesta terça-feira (4) o novo boletim da dengue, iniciado em 1° de janeiro. Até o momento, são 15.818 notificações, 2.569 diagnósticos confirmados e um óbito.
Ao todo, são 336 municípios que apresentam notificações da doença, e 154 que possuem casos confirmados.
Confira as regionais com maiores números de casos confirmados:
- 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (899);
- 17ª Regional de Saúde de Londrina (381);
- 13ª Regional de Saúde de Cianorte (275);
- 12ª Regional de Saúde de Umuarama (171) e Jacarezinho (143).
Arboviroses
No período atual, foram contabilizados 60 casos confirmados de Chikungunya, com 263 notificações. Referente ao Zika Vírus, houveram 5 notificações, mas sem casos confirmados. Ambas as doenças têm como vetor o mosquito Aedes aegypti.
*Supervisão de Daniela Borsuk
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