O boletim da dengue desta semana, divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, informa a ocorrência 7.388 casos da doença no Paraná desde agosto de 2012. Neste período foram contabilizados 33 casos graves de dengue e seis mortes. Ao todo, 126 municípios já apresentaram casos autóctones de dengue. As cidades que concentram o maior número de casos são Paranavaí (1.876), Peabiru (982), São Carlos do Ivaí (723), Fênix (312), Maringá (303) e Campo Mourão (249).
Segundo informações da Sala de Situação da Dengue, também subiu para 20 o número de cidades em situação epidêmica, ou seja, com incidência superior a 300 casos para cada 100 mil habitantes. São eles: São Carlos do Ivaí, Peabiru, Fênix, Japurá, Paranavaí, Santa Fé, Quinta do Sol, Terra Rica, Tamboara, Primeiro de Maio, São João do Caiuá, Formosa do Oeste, Engenheiro Beltrão, Ivatuba, Santa Mônica, Inajá, Nova Santa Rosa, Alto Paraná, Itaúna do Sul e Mirador.
LIMPEZA – Um levantamento da secretaria estadual da Saúde aponta que 45% dos criadouros do Aedes aegypti encontrados em 2012 era considerado lixo ou outro tipo de resíduo sólido. A maioria é reciclável, como recipientes plásticos, garrafas e latas.
Outros locais que merecem atenção especial dentro de casa são os vasos e pratos de plantas, bebedouros de animais e outros depósitos móveis. Em 2012 eles correspondiam a 21% do total de criadouros. “Eventualmente o mosquito deposita seus ovos nestes locais. O importante é evitar o acúmulo de água que facilita o ciclo de desenvolvimento do Aedes aegypti”, ressaltou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
Com as chuvas diárias que ocorrem em algumas regiões do Estado, o número de criadouros do mosquito tende a aumentar se não houver um cuidado constante com a limpeza de quintais, lajes e calhas. Nestes primeiros meses de 2013 o Paraná já registra 95 municípios com índices de infestação superiores a 4%, o que significa que a cada 100 residências visitadas, ao menos quatro tinham larvas do mosquito.
Para Sezifredo Paz, isso mostra que o clima está totalmente favorável para a reprodução do mosquito, mas ainda há tempo de evitar que a doença se alastre. “Vemos que nos municípios onde o combate à dengue começou a ser enfrentado como um problema de todos, os números estão caindo”, reforçou.