O professor de química que furou mais de 40 alunos em uma escola pública de Laranja da Terra, no Espírito Santo, na última sexta-feira (14), fugiu do local com medo dos pais se vingarem pela situação, conforme a Polícia Militar.

A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) foi acionada após a denúncia de um pai de aluna sobre a conduta de um professor, que teria realizado testes para verificar o tipo sanguíneo dos estudantes utilizando o mesmo instrumento em todos.
De acordo com a PMES, o docente higienizou apenas com álcool 70% as mãos dos alunos antes de efetuar as perfurações. Além disso, foi apontado que a mesma lanceta teria sido usada em todos os testes. Os policiais se deslocaram até uma unidade de saúde, onde encontraram a diretora da escola, e comunicaram o caso à Secretaria de Saúde do município.
Adolescentes aprendiam sobre tipagem e células sanguíneas.
A princípio, 44 estudantes do 2° e 3° anos do Ensino Médio estavam presentes na aula prática. Os adolescentes, de 16 e 17 anos, estavam aprendendo sobre tipagem e células sanguíneas.
De acordo com a Secretaria da Educação (Sedu), a atividade foi ministrada sem autorização ou conhecimento da coordenação pedagógica do colégio.
Após o “experimento”, os alunos foram levados ao hospital para realizar testes de diagnóstico de infecção. Até então, todas as doenças testadas voltaram com resultados negativos.
Entretanto, os testes ainda continuam. Nesta terça-feira (18), os alunos foram testados para hepatite B e C.
Professor é demitido após não trocar agulhas
Conforme a Sedu, o responsável pelo “experimento” foi demitido pela escola. Além disso, o caso foi designado para a corregedoria da pasta.
Por fim, o prefeito da cidade, Joadir Lourenço (PSDB), afirmou que a Prefeitura ofereceu assistência de saúde aos alunos afetados.
“Estamos realizando o acompanhamento. Eles fizeram o exame rápido, que não deu nada por enquanto, tudo pela Secretaria Municipal de Saúde”, relatou.
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