Curitiba - Quando a eternidade senta à mesa, o Natal se revela como um sopro que atravessa o tempo e nos envolve em silêncio e luz. Mais do que uma data marcada no calendário, ele se apresenta como um batismo transcendente que nos desperta para o que realmente importa: a presença do amor que se renova e insiste em permanecer. Quando abrimos a alma, permitimos que essa essência não seja visita breve, mas morada constante e permanente, aquecendo cada gesto, cada palavra, cada olhar que oferecemos ao mundo.

Mesa sendo servida de bolachas natalinas coloridas. (Foto de Nicole Michalou, em Pexels)
Mesa sendo servida de bolachas natalinas coloridas. (Foto de Nicole Michalou, em Pexels)

A mesa como símbolo de pertencimento

Sentar-se à mesa posta, reunir a família, registrar um instante em fotografia, tudo isso pode ser belo, mas é apenas superfície se não houver pertencimento. Em tempos em que tantos valores familiares se fragilizam e tentam nos convencer de que seus vínculos podem ser descartáveis, o Natal nos chama a enxergar no outro um reflexo da própria humanidade. Ele nos lembra que nenhuma busca por felicidade individual deveria apagar a importância das relações que nos sustentam.

Os simbólicos assados de Natal e o valor do encontro

Nesse cenário, até os simbólicos assados, que pode ser um sofisticado Peru ou uma simples abobrinha ou bolachas coloridas, tornam-se convite para reconstruir o valor do encontro. Eles representam o gesto ancestral de partilhar, de acolher, de reconhecer no convívio um espaço sagrado de presença. E isso vale para todos os encontros, não apenas os de dezembro: cada reunião pode reacender a chama silenciosa da esperança.

O espírito que transforma o cotidiano

O brilho das estrelas, o canto dos sinos e o perfume das velas nos recordam que a vida pode ser celebração contínua, desde que cultivemos a paz e a esperança. Quando o espírito natalino se instala em nós, transforma o cotidiano em poesia e cada encontro em revelação. Assim, o Natal deixa de ser instante e se torna caminho: um modo de caminhar pelo mundo com ternura, consciência e luz.

Lembrança viva: pertencemos uns aos outros