A prática da chuca, também chamada de ducha higiênica, é comum antes de relações sexuais anais. Apesar de amplamente difundida, nem todos sabem quem deve fazer chuca e em quais situações ela é realmente indicada.

água saindo da ducha
Ducha higiênica é o instrumento mais utilizado para a prática da chuca (Foto: imagem ilustrativa / Freepik)

O que é a chuca e por que é feita

A chuca, por sua vez, é o nome popular dado à lavagem do reto com o uso de água, geralmente realizada por meio de duchas específicas ou peras higiênicas. Dessa forma, a prática é adotada por pessoas que desejam, sobretudo, garantir maior higiene antes de relações sexuais anais.

De acordo com o National Center for Biotechnology Information (NCBI), a higiene retal pode, portanto, ajudar na redução de desconfortos e constrangimentos durante o ato sexual. No entanto, seu uso excessivo pode, consequentemente, prejudicar a microbiota intestinal e causar irritações na mucosa retal.

Quem deve fazer chuca

A chuca é, primeiramente, indicada para pessoas que praticam sexo anal e que, dessa maneira, desejam garantir a limpeza do reto antes da atividade. Além disso, especialistas afirmam que a prática deve ser feita com moderação, respeitando, sobretudo, a fisiologia do intestino.

Ademais, a indicação é válida tanto para homens quanto para mulheres que se envolvam nesse tipo de prática sexual, como, inclusive, reforçado por estudos do Journal of Sexual Medicine, os quais apontam que a segurança e o conforto são, portanto, fatores relevantes para a decisão de realizar a chuca.

Como fazer a chuca corretamente

Para realizar a chuca com segurança, é importante seguir os seguintes passos:

  • Utilizar água morna, nunca quente ou com substâncias químicas.
  • Aplicar a água com calma, usando duchas higiênicas ou peras apropriadas.
  • Evitar repetições sucessivas, que podem causar irritação.
  • Não forçar a saída da água, permitindo que o corpo expulse naturalmente.

Segundo o Ministério da Saúde, práticas de higiene anal devem respeitar a integridade da mucosa para evitar lesões e riscos de infecção.

Riscos da chuca em excesso

Embora a chuca possa promover maior segurança e conforto, seu uso excessivo pode trazer riscos. Entre eles:

  • Remoção excessiva da flora intestinal protetora;
  • Ressecamento e irritação do canal anal;
  • Aumento da vulnerabilidade a infecções.

Estudos apontam que o uso frequente pode alterar o equilíbrio da mucosa intestinal, favorecendo o surgimento de microfissuras e doenças, como destaca a pesquisa publicada pelo NCBI.

Quando a chuca não é recomendada

A chuca não é necessária em todos os casos. Segundo infectologistas, o próprio organismo realiza processos naturais de evacuação e limpeza, tornando a prática dispensável em diversas situações.

Ducha e vidro molhado
Uso excessivo da chuca pode causar lesões na mucosa intestinal (Foto: imagem ilustrativa / Freepik)

A recomendação é evitar a ducha higiênica:

  • Após evacuações recentes completas;
  • Quando há sintomas de hemorroidas, fissuras ou inflamações;
  • Em pessoas com histórico de infecções intestinais recorrentes.

O ideal é que a prática seja pontual e sempre orientada por profissionais da saúde, principalmente quando há desconfortos ou dúvidas quanto à segurança.

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Jonathas Bertaze

Repórter

Jonathas Bertaze é formado em Jornalismo desde 2023, pós-graduado em Assessoria, Gestão de Comunicação e Marketing e especializado na cobertura de pautas de Segurança, como crimes e acidentes, além de Cotidiano e Loterias, com resultados da Caixa Econômica.

Jonathas Bertaze é formado em Jornalismo desde 2023, pós-graduado em Assessoria, Gestão de Comunicação e Marketing e especializado na cobertura de pautas de Segurança, como crimes e acidentes, além de Cotidiano e Loterias, com resultados da Caixa Econômica.