A prática da chuca, também chamada de ducha higiênica, é comum antes de relações sexuais anais. Apesar de amplamente difundida, nem todos sabem quem deve fazer chuca e em quais situações ela é realmente indicada.

O que é a chuca e por que é feita
A chuca, por sua vez, é o nome popular dado à lavagem do reto com o uso de água, geralmente realizada por meio de duchas específicas ou peras higiênicas. Dessa forma, a prática é adotada por pessoas que desejam, sobretudo, garantir maior higiene antes de relações sexuais anais.
De acordo com o National Center for Biotechnology Information (NCBI), a higiene retal pode, portanto, ajudar na redução de desconfortos e constrangimentos durante o ato sexual. No entanto, seu uso excessivo pode, consequentemente, prejudicar a microbiota intestinal e causar irritações na mucosa retal.
Quem deve fazer chuca
A chuca é, primeiramente, indicada para pessoas que praticam sexo anal e que, dessa maneira, desejam garantir a limpeza do reto antes da atividade. Além disso, especialistas afirmam que a prática deve ser feita com moderação, respeitando, sobretudo, a fisiologia do intestino.
Ademais, a indicação é válida tanto para homens quanto para mulheres que se envolvam nesse tipo de prática sexual, como, inclusive, reforçado por estudos do Journal of Sexual Medicine, os quais apontam que a segurança e o conforto são, portanto, fatores relevantes para a decisão de realizar a chuca.
Como fazer a chuca corretamente
Para realizar a chuca com segurança, é importante seguir os seguintes passos:
- Utilizar água morna, nunca quente ou com substâncias químicas.
- Aplicar a água com calma, usando duchas higiênicas ou peras apropriadas.
- Evitar repetições sucessivas, que podem causar irritação.
- Não forçar a saída da água, permitindo que o corpo expulse naturalmente.
Segundo o Ministério da Saúde, práticas de higiene anal devem respeitar a integridade da mucosa para evitar lesões e riscos de infecção.
Riscos da chuca em excesso
Embora a chuca possa promover maior segurança e conforto, seu uso excessivo pode trazer riscos. Entre eles:
- Remoção excessiva da flora intestinal protetora;
- Ressecamento e irritação do canal anal;
- Aumento da vulnerabilidade a infecções.
Estudos apontam que o uso frequente pode alterar o equilíbrio da mucosa intestinal, favorecendo o surgimento de microfissuras e doenças, como destaca a pesquisa publicada pelo NCBI.
Quando a chuca não é recomendada
A chuca não é necessária em todos os casos. Segundo infectologistas, o próprio organismo realiza processos naturais de evacuação e limpeza, tornando a prática dispensável em diversas situações.

A recomendação é evitar a ducha higiênica:
- Após evacuações recentes completas;
- Quando há sintomas de hemorroidas, fissuras ou inflamações;
- Em pessoas com histórico de infecções intestinais recorrentes.
O ideal é que a prática seja pontual e sempre orientada por profissionais da saúde, principalmente quando há desconfortos ou dúvidas quanto à segurança.
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