A Coordenadoria de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado da Saúde, divulgou nesta segunda-feira (20) memorando circular complementar que alerta para a interdição cautelar em todo estado do Paraná de marcas de cervejas fabricadas pela empresa Backer (Cervejaria Três Lobos), possivelmente contaminadas.
O documento, enviado para as 22 Regionais de Saúde do Estado, destaca que diferentes marcas e lotes de cervejas da empresa estão interditadas cautelarmente pela Anvisa por suspeita de contaminação com substâncias que podem ser prejudiciais à saúde, dependendo da forma como são utilizadas no processo de fabricação.
“A Secretaria já havia emitido um primeiro alerta, no dia 13, abrangendo dois lotes e uma marca da cervejaria, a Belorizontina. Agora, o novo memorando ampliou as marcas e as medidas preventivas da Anvisa. A orientação já seguiu para as Regionais de Saúde, para que repliquem as informações junto aos municípios”, disse a coordenadora de Vigilância Sanitária, Luciane Otaviano de Lima.
Cervejas contaminadas no Paraná
Segundo Luciane, o Paraná não tem informação de comercialização regional, nem de casos de pessoas afetadas, mas a população deve estar atenta, pois as medidas orientam para que as pessoas não consumam as cervejas fabricadas pela Backer, com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020. Os memorandos têm como base as Resoluções números 103, 164 e 165 da Anvisa.
Para determinar a interdição cautelar dos produtos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária considera a investigação conjunta dos Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais e do município de Belo Horizonte e da Polícia Civil mineira sobre os casos de insuficiência renal e alterações neurológicas, supostamente associados ao consumo de cerveja da Backer.
Exames preliminares apontam que a presença da substância dietilenoglicol pode estar relacionada às intoxicações identificadas em pessoas que ingeriram o produto.
Os resultados das últimas análises apontam que a fonte de contaminação não deve ter acontecido de maneira pontual; pode estar em vários lotes, e por isso estendeu a medida cautelar que vale para todo o Brasil, com o objetivo de interromper o risco aos consumidores da marca.
Cervejas contaminadas
De acordo com a Anvisa, três lotes da marca Belorizontina (L 1 1348; L2 1348 e L2 1354) e um da marca Capixaba (L2 1348) estão proibidos e devem ser recolhidos pela empresa Backer.
Outros lotes de marcas e composições diferentes estão em interdição cautelar por 90 dias; as cervejas não podem ser entregues ao consumidor e devem ser retiradas do comércio.
Fazem parte desta interdição:
- Cerveja de trigo clara com coentro e laranja;
- Cerveja puro malte leve clara com café;
- Cerveja clara;
- Cerveja clara americam lager;
- Cerveja de açúcar de beterraba;
- Cerveja de trigo com coentro e hibisco;
- Cerveja de trigo extra;
- Cerveja de trigo extra clara com capim limão;
- Cerveja de trigo extra com manjericão e tomate;
- Cerveja escura;
- Cerveja forte escura;
- Cerveja extra escura;
- Cerveja extra clara american pilsen;
- Cerveja extra clara com framboesa, amora e morango;
- Cerveja extra clara puro malte pale ale;
- Cerveja forte clara com pale ale;
- Cerveja puro malte extra clara pale ale;
- Cerveja forte clara;
- Cerveja forte clara com cereja, amora framboesa e morango;
- Cerveja forte clara Hazy Ipa;
- Cerveja forte escura com cacau e cereja;
- Cerveja forte escura com laranja e maracujá;
- Cerveja forte escura com pequi e araticum;
- Cerveja forte escura com imperial barley winne;
- Cerveja forte escura com strong ale;
- Cerveja puro malte clara;
- Cerveja puro malte extra escura com cacau e baunilha;
- Cerveja puro malte forte clara com limão;
*apenas os lotes com prazo de validade igual ou posterior a agosto de 2020.
**Este conteúdo foi elaborado via Agência de Notícias do Paraná